domingo, 28 de agosto de 2011

Informações

Como o prometido é devido, aqui vos deixamos dois novos capítulos fresquinhos. Esperemos que gostem, deixem os vosso comentários. Obrigada por nos seguirem. Beijinhos a todas as leitoras* E continuação de óptimas férias :D

Song's*11


Encontro de Mariza e Elena


Troca de sms entre Javi e Mariza



Mariza vê Javi no Estádio

Roupas utilizadas para o 11º Capítulo

Roupa utilizada por Mariza

11º CAPÍTULO - narrado por Mariza Martínez

Os jogadores já estavam em campo, quando eu e Inês nos sentámos nas bancadas.
Os meus olhos seguiam involuntariamente cada passo que o Javi dava. Involuntariamente, porque eu não queria propriamente estar sempre a olhar para ele, mas nós eramos como imanes: ele mexia-se e eu também tinha de me mexer; ele olhava eu olhava. Ai credo, como estou a ficar paranóica! Inês estava super irrequieta ao meu lado. Os olhos de Rúben varriam as bancadas à procura de uma loirinha de olhos azuis que o deixava louco. Já Inês... queria manter uma bela distância entre os dois, pois tinha certezas de que tudo o que aconteceu com o Fernando se deveu ao caro Rúben.
Vi que Inês se virou para trás, observando as bancadas. Passado um bocado, exclama algo que assustou o meu pobre coração já aos pulos por ver o Javi a treinar.
- Ahhh, olha que moça tão bela, Mariza!
Eu e a minha curiosidade incontrolável, virámo-nos para trás e vimos a tão moça.
Senti os meus olhos flamejarem de tal maneira que as bancadas podiam começar a arder naquele mesmo instante. Sem dominar as minhas emoções à flôr da pele, levantei-me subitamente, com os sapatos a fazerem um barulhão em cada escada que subia.
Quando cheguei ao pé dela, esta olhou-me como se eu fosse um insecto inofencivo.
- O que estás aqui a fazer?
- Usted no tiene nada a ver con eso. – disse Elena Gomez com uma voz tão fatal que era capaz de quebrar um bloco de gelo.
- Vieste aqui para falar com o Javi? Ou melhor devo dizer: atormentá-lo?
- No digas tonterías, hijo.
- Eu. Não. Sou. Uma. Criança! – explodi. – Sê directa! O que estás aqui a fazer?
- Vine a ver mi novio. – afirmou ela. As minhas narinas dilataram-se.
- Penso que ele já não é teu namorado.
- Usted piensa mal, entonces. – dizia Elena sem olhar para mim uma única vez.
- Não me atires mais areia para os olhos! Sei que vieste aqui com outro propósito. Sinto-o. Também sou mulher, sabes? – estava a pensar que Elena tinha ali vindo para tentar uma reconcialiação com o Javi. O que era normal. Mas eu só queria que ela admitisse.
Elena olhou para mim pela primeira vez.
- Que?! Usted no sabe nada! No eres mujer! Eres un adolescente con problemas psicológicos! – berrou. Arregalei os meus olhos e ergui a minha mão para lhe acertar em cheio no rosto. Mas fui impedida pela mão da Inês que tentava segurar a minha, antes que eu fizesse algum disparate. – Crees que Javi te quiero?! No. No te quiere, querida! No te quiere! – continuava ela, provocando-me mais ainda.
- Anda, Mariza! Já chega! Tu não queres fazer isto! – murmurava Inês, puxando-me para trás.
- Ai, isso é que quero!
- NÃO! – berrou Inês e eu cedi. Afastei-me de Elena muito devagar, observando-a a mimar a palavra “infantil” nos seus lábios finos. Voltámos à nossa bancada com muito custo da minha parte. Meti os fones nos ouvidos para ouvir a música Zombie dos The Cranberries que me fazia acalmar em qualquer ciscunstância. Depois de estar mais calma, olhei com mais atenção para o campo. Os jogadores tinham-se separado em duas partes e fizeram duas equipas para cada parte. Olhei para o Javi e corei. Estava a fazer um bom jogo. Depois olhei para o outro lado do campo e vi as pobres figuras do Rúben. Não fazia uma única jogada acertada.
- Oh, Inês! Olha para o estado em que deixaste o rapaz!
- O quê? – Inês parecia estar na Lua. – Desculpa não estava aqui.
- Isso sei eu. Estava a falar do Rúben. Parece um hamster cego a correr atrás de um queijo que não consegue apanhar. Isto não é normal! E tu tens um bocadinho de culpa, sabes? Não lhe devias ter dito aquelas coisas mesmo antes do treino...
- EU?! Ai, agora ele é que é a vítima?!
- Não... só estou a dizer que...
- Se ele não está a jogar nada de jeito a culpa não é minha! Quero lá saber! O que importa é que o Fernando foi-se embora, por culpa dele!
- Dele? Onde é que o Rúben teve culpa, quando tu chamas-te “Rúben” ao Fernando?
- Eu enganei-me, está bem?! Errar é humano!
- Tu disseste o nome dele, porque se calhar querias que fosse ele a estar contigo...
- Não sejas tonta!
- E tu não sejas uma teimosa danada! Devias falar com ele...
- Eu não tenho nada para falar com ele!
- Tens sim! Deixa o orgulho de lado. Além do mais, ele é teu amigo! Foi ele quem te ajudou, quando o Fernando não estava cá para o fazer...
Inês ficou a matutar nas minhas palavras, mas nada disse. O treino acabou e quando me virei para trás, já não avistei Elena. Eu e Inês fomos até ao parque de estacionamento.
Felicitei o Javi pelo bom treino e ele agradeceu. Disse que estava com fome, por isso ía comprar qualquer coisa para ele comer num café ali perto. Disse-me para ficar ao pé do seu carro. Assim o fiz. Passados uns minutos, avistei Jardel...acompanhado pelo Rúben que estava com cara de poucos amigos.
- Jardel! – exclamei, dando-lhe dois beijinhos. – Tudo bem? Como está a Gabriela?
- Tou muito bem e você? A Gabriela está óptima.. um pouco atarefada com as coisas do casamento, mais está tudo bem. Eu vou agora ter com ela para a ajudar.
- Ai, sim? Hum, tinha esperança que pudesses levar uma amiga minha a casa. É que o Javi quer mesmo ver o meu ensaio que vou ter esta tarde...
- Ah, sua amiga precisa dji carona? Mais que azar! É que eu precisava mesmo de me encontrar com Gabriela rapidjinho.
- Ah, sim, eu compreendo... hummm Rúben? Tu é que podias fazer um favorzinho à Inês. – piscando-lhe o olho. Senti os olhos de Inês postos em mim com vontade de me partir o pescoço, mas mais tarde, acabaria por me agradecer (ihih).
- Eu não me importo, claro. – afirmou o Rúben com um brilhozito nos olhos.
- NÃO! Não preciso de boleia nenhuma! Eu apanho um táxi! – exclamou Inês.
- Aqui não arranjas táxi! Se tens esperança de encontrar um, esquece! – falou Rúben.
- Claro que não vais de táxi! Nem penses nisso! Sabes que não confio nos taxistas! Conduzem de uma forma tosca, acham-se sempre os maiores e estão sempre a deitar-nos o olho pelo espelho e isso é arrepiante! Não fico descansada, Loirinha! Aceita a boleia do Rúben.
Depois de muito insistirmos com ela, Inês lá aceitou a boleia. Eles já iam sair do parque e o Javi ainda não tinha voltado. Esperei mais um pouco, já preocupada, mas ele apareceu.
- Javi? Está tudo bem? Pareces tenso... – detectei assim que o vi.
- Hum... – ele esfregou a cana do nariz. – estoy un poco cansado...
- Há bocadinho não parecias, mas bem, se calhar é melhor ires para casa.
- No! Estoy ansioso por verte bailar! – sorrindo calorosamente. Como podia recusar?!
- Está bem. – entrámos no carro e eu deu-lhe as devidas indicações para chegar à Academia. Ricky estava à porta, esperando por mim. Apresentei o macho ao semi-macho e eles simpatizaram-se. Disse a Javi para subir umas escadinhas afim de ficar sentado nas bancadas. Assim o fez.
- Pronta para preparar o grande espectáculo de Outono? – perguntou Ricky. Suspirei.
- Claro! Já sabes o que vamos fazer?
- Ballet, o que mais poderia ser?! – questionou quase ofendido.
- Sei lá… eu estava com uma ideia em mente…
- Diz então.
- Hum… e se… misturássemos vários tipos de Dança?
- Que tipos de Dança?
- Talvez, Ballet, claro, Contemporâneo, algumas danças latinas, se calhar e… Hip Hop.
- Ballet: claro! Contemporâneo: vamos a isso! Danças Latinas: sei um pouco, mas tu de certeza que nos podes ajudar quanto a isso…
- CLARO! – rindo-me.
- Mas… hip hop?
- O que tem?
- Está completamente fora do meu alcance. Do meu e de todos os nossos companheiros.
- Achas mesmo?
- De certezinha.
- Hum…
Íamos entrar nos respectivos balneários, mas Ricky (como sempre fazia), parou em frente ao placar dos anúncios de Musicais e encontros de Dança da próxima semana.
- Alguma coisa de jeito? – interroguei, curiosa.
- Hum… nada de nada. Báh, só esta porcaria da Battle de Hip Hop.
- BATTLE DE HIP HOP?! Deixa-me ler! – desviei-me dele e li o panfleto. Esta Battle ia realizar-se na próxima Segunda-feira, ou seja, depois de amanhã na Amadora. Não podia perder isto por nada deste mundo!
- Não estás interessado, Ricky?
- EU?! Nem pensar. – disse ele com uma voz demasiado fina para os meus tímpanos. – Tu não estás a pensar em alinhar nisto…pois não?
- Queres vir comigo?
- Porque raio haveria eu de ir?
- Se calhar, para apoiares a tua amiga e, porque não, fazeres par com ela…?
- E desde quando danças Hip Hop?
- Consigo dar uns moves e tal e era óptimo se visse alguém a dançar. Aprenderia muito melhor. – fiz-lhe olhinhos.
- Não sei, Mariza… isto é perigoso! Ainda por cima na Amadora!
- Ah, agora estás com medo.
- Não é bem isso… Quero estar totalmente concentrado nas nossas novas coreografias que ainda nem sequer fizemos, mas…
- Pronto, como queiras, Ricky! Mas eu não vou perder isto! – arranquei o panfleto do placar e enfiei-o no saco de ginástica. Entrei nos balneários femininos e verguei o meu novo tutu branco. Dirigi-me ao salão e o meu olhar subiu para as bancadas. Javi estava lá super sorridente. Fiquei um pouco envergonhada, mas teria de agir com naturalidade.
Eu e os meus companheiros começámos a fazer os alongamentos e depois reunimo-nos num círculo sentados no chão a fim de trocarmos ideias para o espectáculo de Outono.
Expliquei-lhes as minhas revolucionárias ideias de um mix de vários tipos de dança. Alguns ficaram bastante repreensivos, mas no final, concordaram que ia ser bastante bom para todos, pois ficaríamos com conhecimentos acrescidos de vários ramos da Dança.
Começámos a escrever a história do espectáculo. Ia ser baseado em Romeu e Julieta de William Shakespeare. A única diferença é que nós não iríamos falar, mas sim dançar.
Decidimos fazer uma votação sobre quem deveria ficar com os papéis. Os primeiros a serem votados eram as personagens principais: Romeu e Julieta. Fizemos silêncio e votámos.
Contamos os votos. O namorado de Ricky, o Tiago foi eleito com três votos a mais do que Ricky. E…hum…fui eu a eleita para Julieta. O Javi gritou PARABÉNS. Ricky foi eleito para Mercutio. E ainda restavam alguns figurantes. Por fim, escolhemos as músicas e os possíveis tipos de dança adequados para cada cena. Na primeira noite que Romeu e Julieta passariam juntos, atirei a ideia de a Dança ser um Tango sedutor e intimidante. Começámos a trabalhar nas primeiras coreografadas. Adorei! Porque todos demos um pouco do nosso saber e ideias. Saí de lá de rastos (eheh).
Encontrei o Javi já sentado em cima do capó do carro.
- Fue maravilloso, Julieta!
- Gracias! Nem acredito que tenho uma dos papéis principais! – disse em extase.
- No puedo perder esta pieza! – sorrindo.
- Espero que corra tudo bem...
- Funcionará. – afirmou, dando-me a confiança necessária. Depositou-me um beijo na testa. Entrámos para o carro. Chegámos a minha casa rápido. Despedimo-nos com mais dois beijinhos e Javi quis certificar-se que amanhã iria ver o seu jogo. Claro que sim! Saí do carro e entrei em casa. Depois de jantar com a minha mãe, fui para o meu quarto e enterrei-me na minha fofa caminha. Decidi ligar ao Alejandro, o meu irmão, pois já não falava com ele há muito tempo. Ele fez-me uma grande festa (como sempre fazia; fofinho); informou-me das últimas novidades da família. Alejandro tinha feito novas músicas na sua guitarra e que as tinha tocado para a Belinda (a sua namorada). A relação deles andava muito bem. Alejandro contou-me também como estava a correr as suas aulas e tudo isso. Perguntou-me se era difícil ser universitária e como estavam a correr as minhas aulas de Dança. Disse-lhe que hoje tínhamos começado a planear o espectáculo de Outono que seria apresentando na segunda semana de Outubro.
- Y… y chicos, hermana?
- Chicos?... Hum…sí… - dando uma gargalhada.
- En serio? Dime, hermana. Quién es elle?
- Es español!
- ESPAÑOL? Bueno, bueno! Y cómo es él?
- Oh, elle es muy hermoso, inteligente, cariñoso… Él lo es todo! – rindo-me toda tonta apaixonada.
- Bueno, hermana, bueno! Cuántos años tien?
Clareei a garganta, um pouco envergonhada.
- 21
- 21?! – berrando, surpreendido.
- Sí… no es mucho mayor que yo…
- Muy bién…dónde trabaja?
- Él es jugador de fútbol…
- En serio? Bueno, cuál es su nombre?
- Javi García.
Alejandro não falou durante um bocado.
- Él era jugador del Real Madrid…
- Exacto, pero ahora es del SLB.
- Muy bién, muy bién y cuando usted trae a Barcelona?
- Oh, no lo sé, Alejandro. Él no es mi novio!
- No?!
- No… tal vez él no me quiere…
- Cómo no te quiere?
- No lo sé, Hermano. Bueno, estoy un poco cansada…
- Sí, sí, claro. Vai, vai. Buenas noches, hermana. Te amo.
- Mira, no vienes a Lisboa en las próximas semanas?
- Hum, no… por qué?
- Oh, por nada, por nada.
Tinha esperança que Alejandro e o meu pai viessem ver o meu espectáculo de Outono e também, passar o dia do meu aniversário comigo (que, by the way, era precisamente daqui a um mês). Mas, parecia que isso, não ia acontecer…
Desliguei a chamada, vesti o meu pijama e deitei-me. Dava voltas e voltas na cama, especialmente a pensar no encontro que tive com Elena Gomez no centro de treinos do Seixal. Ela tinha algo para dizer a Javi e pela minha leitura perspicaz ao olhar dela, era algo de sério. A minha curiosidade aguçada demais, flamejava dentro de mim. Lancei o braço até à mesinha-de-cabeceira às apalpadelas. Agarrei no telemóvel e enviei um sms ao Javi.
“ Hola, cómo estás? Elena estaba en el entrenamiento. Ella dijo que tenía que hablar con usted. Habló? Besos “
“ Hola, sí todo bién. Sí, habló… “
“ Y…? “
“ Quería hablar de la reconciliácion. “
“ Y tú? “
“ No, claro! “
“ Está bién… buenas noches, entonces “
“ Buenas noches. Te echo… “
Os meus olhos esbugalharam-se a ler as duas últimas palavras. Não queria acreditar que ele sentia saudades minhas. As palavras que escrevi foram muito sinceras e vindas do fundo do meu coração:
“ Te echo, también +.+ “.
E adormeci com um belo sorriso estampado nos lábios que esperavam ansiosos por beijar a bochecha morenita do rapaz que me metia ainda mais louca do quanto eu já era. Aquele rapaz por quem eu me estava realmente a apaixonar…
Tomei duche e abri o roupeiro com vivacidade. Optei por uma blusinha de cavas preta com milhares de lantejolas, umas leggings com padrões giros, um casaco de cabedal, uns sapatos altíssimos. Apertei um pouco de cabelo no cimo da cabeça e deixei cair o resto em caracóis esvoaçantes pelos ombros e costas. Como último toque, adicionei uma molinha em forma de borboleta de cor laranja. Peguei no meu cachecol do Benfica e enfiei-o na mala para não levantar suspeitas à minha mãe. Saí do quarto.
- Vais sair? – interrogou a minha mãe.
- Parece que sim… - disse pondo um pouco de batom de cieiro nos lábios.
- Com quem?
- Com a Inês.
- E vão onde?
- Vamos passear no Colombo.
- Hum, devem lá estar imensas pessoas, agora. Hoje joga o Benfica…
A sério, mãe?! AHAHAH!!!
- Não há problema. Vá, xau, senão ainda me atraso.
- Ainda te atrasas? Atrasar no quê?
Ou melhor, atraso o Javi. Vou encontrar-me com ele para este me dizer onde raio ficavam os camarotes. E ele tem de entrar antes de todos os adeptos. Por isso, tenho de ir mais cedo e estás a atrasar-me, páh! Ah (suspiro) era tão mais fácil se não tivesse de esconder coisas e mentir…
- Combinei com a Inês a chegarmos lá a uma certa hora. A nossa loja preferida fecha daqui a uma hora e talvez não seja tempo suficiente para fazermos todas as compras que queremos, o que é aterrorizante! Por isso, não nos podemos atrasar. Adiós, adiós, madre. – disse já descendo as escadas.
- Em Português, Mariza! – fechando a porta.
Desci as escadas em correria e euforia. Olhei para a minha moto e já lá estava Inês.
- Perdão, Loirinha. A minha mãe atrasou-me. – dei-lhe dois beijinhos.
- Não faz mal, Espanholita. Que fashion que estamos! – rindo-se.
- Temos de estar sempre bem, certo?
- Apoiada, apoiada. Mas ambas sabemos que hoje é um dia especial.
- Ai sim?
- Vamos ver um jogo do Benfica nos camarotes.
- Pois é. – mostrando a língua ao enrugar a pele da cana do nariz.
- V I P ZONE! – cantarolámos as duas ao mesmo tempo. Montámos na moto e lá fomos nós, rumo ao Estádio da Luz. Chegamos ao parque de estacionamento e eu e Inês dirigimo-nos ao sítio combinado entre mim e o Javi. Avistei o seu BMW preto reluzente e depois... ele. Oh! Aquele rapaz andava a dar-me cabo do coração.

sábado, 27 de agosto de 2011

Song's*10


Reacção de Fernando, quando Inês lhe chama de Rúben


Inês lê a carta deixada por Fernando


A conversa entre Inês&Rúben


Inês tenta manter distância de Rúben


Conversa nos balneários

Roupas utilizadas para o 10º Capítulo

 Roupa utilizada por Mariza
Roupa utilizada por Inês

10ºCAPÍTULO - narrado por Inês Oliveira

A campainha de minha casa toca:
-Estás esperando alguien?
- Não. Quem será a uma hora destas?
- Te deja estar ahí acostadita que yo voy a abrir la puerta.
O Fernando levanta-se veste uns boxers e vai em tronco nu abrir a porta. Quando a abre:
- Mariza?! Que haces aquí a una hora de essas?
- Fernando?! Que haces tú aqui? Não vinhas só amanhã?
-Sí, pero conseguí venir más cedo y disfrutar. Pero todavía no te he dicho lo que estás haciendo aquí?
- Há isso…. aaaa… vim buscar um pau de canela. – Respondeu com a 1ª coisa que lhe veio há cabeça. A Mariza não era lá muito boa a arranjar desculpas há pressão.
- Un palo de canela? Para que quieres uno palo de canela a una hora de estas?
- Apeteceu-me um arroz doce. Mas vais-me dar o pau de canela ou não?
- Voy a pedir hay Inês donde están.
- Não vais chatear a Inês agora. Deixa, já é muito tarde, eu faço amanhã.
- Yo voy a buscar.
Assim que o Fernando vira costas para ir há cozinha, a Mariza só pensou em correr dali para fora. E foi o que ela fez. Correu pelas escadas abaixo até sua casa. Antes que pudessem sair mais disparates daquela boca. Entrou em sua casa, foi directa ao seu quarto, e por lá ficou, com um sorriso estampado na cara, relembrando cada minuto da sua noite com Javi, de como tudo tinha sido perfeito, e de que me queria contar tudo, mas esse tudo teria de esperar pela manhã seguinte.
Entretanto o Fernando tinha voltado para o quarto:
- Quem era amor?
- No vas a creer. Era la Mariza.
- Não pode. A Mariza? A uma hora destas? Estranho. Que queria ela?
- Uno palo de canela.
- Hó Fernando agora a sério.
- Es verdad. Dijo que iba a hacer un arroz con leche.
- Um quê ? Ela nem gosta de arroz doce! Mas pediu o pau de canela e mais nada?
- No. Cuando yo fui a la cozinha buscar la canela, ella desapareció.
- Estranho. Ela não é nada dessas coisas. Mas deixa amanhã vou falar com ela, só espero que esteja tudo bem.
- De certeza que está. Y nosotros? Donde estábamos? – Disse Fernando levando os seu lábios aos meus, continuando a nossa noite tão esperada por ambos.
- Já tinha saudades de estar assim contigo, Rúben.
- Rúben? Estás gozando conmigo, verdad?
- Rúben? Eu disse Rúben?
Fechei a boca, arregalei os olhos, pensei porque raio tinha eu dito Rúben?
- Yo sabía, yo sabía que se pasaba alguna cosa entre los dos.
- Não Fernando, não é nada disso. Estás a entender tudo mal. Eu e o Rúben somos só amigos. Não sei porque raio te chamei aquilo, é certo que chamei, mas eu juro que é de ti que gosto, e nunca gostei de mais ninguém.
- Debes haber andado a reírte en mi espalda. El idiota fui yo, que pensé que eras diferente.
- Não digas isso Fernando. Vamos esquecer isto, por favor. Foi tudo um mal entendido. (engoli a seco) Não sei como foi isto acontecer, mas tens de acreditar em mim.
- Creer? Después de la cena esta noche no sé qué creer.c- Disse o Fernando com ar de desilusão.
- Podes perguntar ao Rúben se se passa alguma coisa entre nós? Claro que não! Não sejas tolo. É de ti que eu gosto. Por quem achas que tenho chorado este tempo todo? Fernando és tu, és tu o homem da minha vida.
- No. Si calhar tú no me mereces, y es normal que lo hayas elegido. Fue él quien estuvo aquí contigo, que te apoyó cuando más te necesitas,...
- Nem vás por aí Fernando.
Entretanto o meu telemóvel que se encontrava na minha mesa-de-cabeceira começa a vibrar com uma sms recebida.
- Es de él, no es?
Peguei no telemóvel, tentando segurar as lágrimas que forçavam cair dos meus olhos, não estando a acreditar no que estava a acontecer, olhei para o ecrã:
‘Mensagem recebida de Rúben Amorim’
- Entonces no vas a leer? Si es que estoy aquí, me voy ahora.
- Deixa-te disso. Sim é dele, e se quiseres podes lê-la tu. Já te disse que não tenho nada a esconder.
- No, la lee, no lo dejes hay espera.
Abri a mensagem:

‘De: Rúben Amorim
Olá Inês, desculpa estar a incomodar a estas horas, mas fiquei preocupado contigo, e com aquela conversa com o Fernando, espero que esteja tudo bem. Gostava de te ver amanhã no treino. Beijos, dorme bem.’


Pousei o telemóvel e olhei para o Fernando:
- Que quería él? No vas a responder?
- Queres mesmo saber? Não, não vou responder.
- Pero es por mi causa?
- E se for? Fernando eu não quero ficar assim contigo, não por causa de uma estupidez destas.
- Para mí no fue estupidez. Disculpa-me pero esta noche ya dio lo que tenía a dar, voy para la sala, porque no consigo estar más con una persona en quien no confío.
- Não digas isso Fernando, que me partes o coração. – Disse eu enquanto o via a arrumar as suas coisas e a levá-las para a sala. Naquele momento não aguentei mais e soltei as lágrimas que já habitavam em meus olhos já a algum tempo daquela conversa. Como poderia estar aquilo a acontecer?! Acordei na manhã seguinte tentado acreditar que tudo aquilo não tinha passado de um pesadelo. Quando cheguei há sala e não vi ninguém, nem nenhuma mala, comecei a ficar preocupada, até que olhei para a mesa da cozinha e lá se encontrava um bilhete, corri em direcção a ele, e li-o rapidamente:

‘Querida Inês, lo siento, me fui sin decir nada, pero se vio sacudida por lo que pasó allí la noche anterior y por lo eso decidí partir más cedo. Pido disculpas por las cosas que te dije ayer, pero no sabía en el que creer, fue todo dicho sin pensar. Tú eres muy importante para mí. Por ese modo que decidí darnos un tiempo, para sabérmelos lo que realmente queremos. Ayer por la noche le oí llorar, y eso dio cabo de mi corazón. Yo soy un cobarde que está huyendo pero no sé como lidar con la situación, disculpa Inês, pero mereces bien mejor, un hombre que trate de ti, y si este hombre es el Rubén, que sea, él es bueno y parece gustar mucho de ti. Sólo quiero que seas feliz. Te amo como nunca amé nadie:
Fernando Torres’


- Não acredito que ele se foi embora assim. Vou ligar-lhe! É melhor não. Ele tem razão, precisamos de pensar. Como raio foi isto acontecer. Eu nem gosto do Rúben dessa maneira, ou gosto?! É claro que não. Ele é só um bom amigo. Epá que treta, logo agora, que parecia estar tudo bem. Acho que agora quero é distância de jogadores de futebol, … - Falava eu, andando de um lado para o outro com a carta na mão.
Tocam há campainha:
- Mas quem será? Tou a ir.
Abri a porta:
- Loirinha! Hoje não venho interromper nada? Desculpa a cena de ontem há noite não sabia que o Fernando já cá estava e por falar no Fernando, onde está ele?
- Já não está. – Disse baixando a cabeça.
Mariza de imediato percebeu que algo não estava bem e abraçou-me sem pensar duas vezes.
- Então Inês? Que aconteceu?
- Anda entra.
Sentamo-nos no sofá e comecei a falar:
-Nem eu sei. Nós ontem estávamos super bem, fomos jantar todos juntos….
- Todos?! Todos quem? – Interrompeu a Mariza.
- Eu, o Fernando e o Rúben, …
- O Rúben? Que fazia o Rúben no vosso jantar? – Voltou a interromper.
- Ele estava cá em casa quando o Fernando chegou, então fomos todos.
- Sim, estou a ver, e o Fernando como ficou ao ver o Rúben?
- Ui, nem imaginas, ouve um bocado de confusão, mas rapidamente passou, fomos para o restaurante começamos a comer calmamente, e o Rúben estava-me a convidar para ir ver hoje o treino deles antes do jogo. O Fernando passou-se e nós fomos falar, e ele lá se acalmou, acabamos o jantar calmamente e passamos o resto da noite tranquila. Entretanto chegas-te tu e depois de teres ido embora, foi aí que estraguei tudo. Chamei Rúben ao Fernando…
- TU FIZES-TE O QUÊ?
- Pois eu não sei como foi nem porquê nem de onde veio o nome: Rúben, mas chamei disso é certo, opa Mariza, foi horrível devias ter visto a cara do Fernando, voltou a passar-se, pensa que eu e o Rúben temos um caso, que eu o traí, e hoje de manhã foi-se embora e só me deixou este bilhete. – Mostrei-lhe a carta e deixei que ela a lesse.
- Ai Inesita, nem sei o que te dizer amiga. Como o chamas-te de Rúben? Tu gostas dele?
- Nãooo! Quer dizer, acho que não. É claro que não, é do Fernando que eu gosto! Como foi isto acontecer, COMO? Mas espera. Agora que me lembro. Que fazias tu cá ontem há noite a uma hora daquelas? Está tudo bem contigo?
- Ai Loirinha, está tudo óptimo, melhor era impossível.
- Ui, conta, estás a deixar-me curiosa.
- Tens a certeza que queres ouvir? Olha quanto ao Fernando, é assim, só te digo uma coisa, a vida é para a frente e o que não faltam por aí são rapazes giros. Não te quero é ver para aí triste outra vez.
- Não isso não, aliás fui eu que cometi o erro, que ainda nem sei como, mas enfim,… Claro que quero saber, tudinho. Preciso se coisas boas, noticias boas.
- Então ontem lá no estágio, o Rodrigo foi ter comigo e beijou-me há força.
- Que nojento, mas o que esses palhaço quer de ti, que porco! Bahhh! E tu mandaste-lhe uma valente chapada, certo?
- Não foi preciso.
- Como não foi preciso? Ele deve gostar da comida do hospital só pode! Parvalhão!
- Não foi preciso porque depois apareceu o meu herói, que me salvou daquele nojento.
- Um herói?!
- Sim o Javi. Sabes? Aquele o ‘olhos lindos’ lembras-te?
- Não posso! A sério. Epá isso tá a ficar sério.
- Mas espera, depois ele foi treinar e quando voltou fomos lanchar e eu convidei-o para jantar. Fomos jantar, e no restaurante estavam lá uns colegas dele que não paravam de olhar para nós, e acabaram por lá nos irem cumprimentar. São todos super simpáticos, e tive a falar com um, o David Luiz, aquele que viste em casa do Rúben um dia, e tivemos a falar de ti.
- De mim?! Porque raios estiveram a falar de mim?
- Perguntei-lhe se ele te conhecia, mas sem sucesso. E ele depois disse-me uma coisa. Mas não sei se por bem te deva contar.
- Hó diz logo.
- Ele disse que o Rúben anda apanhadinho por uma miúda.
- Só isso?
- Não te incomoda? Nem um bocadinho?
- Já disse que não gosto dele! Somos só amigos. Continua lá a contar o jantar com o teu herói.
- Bem se tu dizes. Então depois eles deixaram-nos a jantar sozinhos e quando acabamos o jantar ele levou-me a um bar de karaoke, e foi lindo, cantamos os dois, uma música super romântica, e foi um final de noite perfeita. Depois ele trouxe-me a casa e eu queria logo contar-te tudo, mas tive que esperar até hoje e agora vim aqui para dizer para te arranjares e ires comigo ao treino deles, já que eu fui convidada e tu também.
- Há não, isso é que não. Desculpa mas não estou com grande disposição para sair hoje.
- INÊS! Mau, não vais começar pois não! Então que combinamos? A vida é para a frente por isso, vai-te lá vestir que eu fico aqui há tua espera para irmos dar uma voltinha para fazer tempo para irmos ao treino. Vá vá, despacha-te.
- Ai Mariza, que seca, não me apetece nada.
- Também não me apetece muita coisa, por isso toca a andar, vais ver gente nova, caras novas, vai fazer-te bem.
- Ok, convenceste-me. Dá-me 10min.
Fui até ao meu quarto escolhi a 1ª roupa que me apareceu há frente, não estava com cabeça para nada, nem para escolher roupas. Vesti-me, calcei uns ténis e fui ter com a Mariza há sala.
- Aí loirinha, muda essa cara. Alegra-te!
- Desculpa mas hoje não consigo, aproveita tu, enquanto as coisas correm bem.
Assim que disse isto, Mariza recebe um sms de Javi a dizer que já está lá em baixo há nossa espera. Descemos, Mariza apresentou-me ao seu ‘herói’, entrámos no carro lá fomos até ao seixal. Javi estacionou, saí-mos do carro, e na nossa direcção começaram-se a aproximar mais dois jogadores do Benfica, o Saviola e o Rúben, que vinham ter com Javi para se irem equipar.
- Inês? Uau sempre vieste ao treino! Que bom! Como estás? – Disse-me o Rúben super feliz por me ver ali vindo para me dar um beijinho. Desvie-lhe a cara mas ele nem se apercebeu e continuou a falar. - Então e amanhã vais ao nosso jogo? Sempre queres que te dê a minha camisola, não é? – Entretanto o Rúben percebe que algo não está bem. - Passa-se alguma coisa? Foi o Fernando? Porque é que ele não veio também?
- Devias guardar essa preocupação toda para a ‘rapariga ideal’.
- Hã? Que rapariga ideal?
Os olhos, de Javi, Saviola e Mariza, vagueavam entre mim e o Rúben, parecendo que estavam a assistir a um jogo de ténis, no qual não percebiam as jogadas.
- Isso agora não interessa! O que interessa é que ouvi e pronto! – Disse irritadiça.
- Como queiras! mas... Inês? Isso serão ciúmes...? – Disse o Rúben com cara de malandro. - Olha que o Fernando não deve gostar disso.
-TU! TU NAO TE ATREVAS A FALAR NO FERNANDO OU NO QUE PENSAS QUE EU SINTO OU DEIXO DE SENTIR! POR TUA CAUSA ACONTECERAM COISAS QUE NÃO DEVIAM TER ACONTECIDO! – Nervosa, saiu-me disparado da boca o que menos queria. - ACABOU RÚBEN! VAÍ-TE EQUIPAR. - A Mariza viu que a conversa já não estava a correr bem e levou-me pelo braço para irmos dar uma volta e só regressar-mos no inicio do treino.
-ESPERA! NAO ENTENDO! HEY NÃO TE VÁS EMBORA ASSIM! – Gritou-me Rúben enquanto me mirava, vendo-nos, a mim e há Mariza, a desaparecer dali e com uma mão no peito, a de Javi que o impedia vir na minha direcção e o fazia recuar.
Eu e a Mariza passeávamos pelo centro da cidade enquanto fazíamos tempo para os rapazes se equiparem. Nos balneários:
- Eu sinceramente! O que raio lhe deu?! Eu não entendo nada disto páh! – Dizia o Rúben andando de um lado para o outro, inquieto.
- Calma manz! São mulheres! São complicadas, cara! Mais que aconteceu? – Apareceu David, que de imediato ficou preocupado com estado do seu melhor amigo.
- Yo tampoco comprendí muy bien esta historia, pero me pareció que ella tiene novio, verdad? – Interrogou o Javi.
- Epaaa – Começou Rúben a falar esfregando a cabeça. - Ela namora com o Fernando Torres, Javi!
- QUÉ?! – Diz Javi super surpreendido.
- Esse rapazinho não é jogador dji futebol? Hey, Javi! Ele é espanhol como você né?
- Ella enamora con Fernando? Sí, David él y español. Lo que confunde aún más esta historia...
- Eles conheceram-se em Barcelona nas férias de Verão e têm namorado desde então. – Explicava o Rúben.
- Nossa, Deus do céu, quem iria crer?
- NO EL CREO!
- Mas podem acreditar! E o tipo teve de voltar pa Inglaterra e a Inês para Portugal. Ela tem sofrido bué com ele! E ainda por cima, continua a gostar dele, isso é que me irrita! Deve ser masoquista só pode... Bom, mas ele ontem apareceu lá em casa e ... eu estava com ela... e o gajo PASSOU-SE.
- Você? Em casa da Inês? Que tava fazendo lá com ela? – Perguntou David com ar de malandrice.
- Epá David, deixa-te de brincadeiras. Isto é sério!
Quem diria, o Rúben sério? Não era normal. David e Javi olhavam-no admiradíssimos:
- Sim, manz. Tou vendo que isso ta-se tornando sério... a garotjinha deve ser bem especial, hã?
(contendo um sorriso parvo) - É mesmo, David. É mesmo.
- Entonces usted tiene que luchar por ella, Rubén! mostrarle lo que sientes y que el fernando nao parece ser benefico para ella! Y si ella esta con problemas... tienes aún de a ayudar. si te gusta así tanto de ella, tienes que a ayudar!
- Olhem só! O nosso espanholito todo romantjico! Isso é experiência própria...? – Brincou David.
- No estamos hablando acerca de mí y Mariza. Estamos hablando de Rubén y Inês.
- Topa só isso Rúben! Javi e Mariza! Temos casal, ein?
Ignorando as palhaçadas do David, Javi volta-se para o Rúben:
- Oiste ruben? tienes que hablar con ella lo cuánto antes! esclarezcas lo que ella quise decir con aquello y muestres que estás aquí para ella. Pero ahora te concentra en el entrenamiento.
- É isso aí, viu? cê agora tem dji si concentrar no seu trabalho, depois tem tempo p’ra namoricos. – disse David dando-lhe uma palmada no ombro.
- Okay. (sorri) Obrigadão pelo apoio malta!
- Agora vamo dar o tudo por tudo nêssi treino antes do jogo, vamo lá pessoal!
Era chegada a hora do inicio do treino, os jogadores já se encontravam todos no relvado. O Rúben procurava-me nas bancadas começando a acreditar que eu já não vinha. Entretanto, chegadas ao centro de treinos eu e a Mariza fomos entrando e instalando-nos nas bancadas. A Mariza não conseguia tirar os olhos do Javi, e eu pelo contrário, só queria que os meus não se cruzassem aos de Rúben. Voltei de costas para o relvado, mirei a plateia:
- Ahhh, olha que moça tão bela Mariza! – Disse contemplando uma jovem elegante que descia as escadas por entre as bancadas do campo.
Mariza virou-se para a contemplar também, e os seus olhos automaticamente se arregalaram enfurecidos. Quem seria aquela misteriosa rapariga que deixava Mariza naquela estado?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Informações

Antes de mais, queremos agradecer pelo apoio e entusiasmo incondicional que eu e a Inês temos recebido pela continuação desta história =D
Vim informar-vos que durante uma semana ñ iremos postar nenhum capítulo =(
Pois a Inês está de férias e, sendo ela a escrver o próximo cap., 10º, será impossível postarmos. Mas, aqui vos prometo, que irei começar a trabalhar no meu, 11º, e assim que a Inês voltar a começar a escrever o 10º, iremos postar os 2 capítulos seguidos um ao outro sem + demoras (como fizemos com o 8º e 9º).
Obrigada, Beijinhos a todos e continuação de um bom Verão =D

domingo, 14 de agosto de 2011

Song's*9


Jantar de Javi & Mariza


KARAOKE

Roupas utilizadas para o 9º Capítulo

                                                              Roupa utilizada por Mariza

9º CAPÍTULO - narrado por Mariza Martínez

Eu e Javi estávamos num café no Colombo. Ele queria explicações, embora eu não tivesse muitas para lhe dar. Contei-lhe como eu e o Rodrigo nos tínhamos conhecido e nas suas últimas tentativas de aproximação. Por um lado, sentia-me super envergonhada, mordia os lábios e brincava com os caracóis negros que de vez em quando, balouçavam, devido aos meus tremores repentinos. E, por outro, sentia-me bem a falar e desabafar com ele. Os seus olhos transmitiam-me tanta tranquilidade e a sua voz era como mel docinho. De vez em quando, até me esquecia do que estava a falar, mas Javi (mesmo muito atento) relembrava-me e eu continuava.
- Então, mas mudando de assunto, pois estou cansada de falar da minha vida atribulada. Como estão as coisas com a Elena? – não gostava muito de falar dela, mas se for a ver bem, ela era uma das poucas coisas que eu sabia sobre Javi. E não podia esconder a minha infelicidade ao debater-me com esse facto.
- No hay noticias – disse ele sem olhar para mim. O empregado chegou com o meu café e a sua coca-cola. – Eres adicto al café? – questionou com um sorriso maroto.
Revirei os olhos.
- Chegaste a Portugal há pouco tempo e não espero que nenhum Espanhol entenda a necessidade de café dos Portugueses; eu já estou cá desde pequenita, habituei-me. – dei um gole grande no café saboroso. – Mas, não desvies a conversa! Eu sei que precisas de desabafar.
Javi levantou o olhar e os seus olhos brilharam.
- Usted me conoce…
Abanei a cabeça.
- Nem por isso… gostava de te conhecer melhor… - sussurrando esta última parte, baixando o olhar para o meu café.
Javi levantou-me o queixo, obrigando-me a encará-lo. A sua pele estava quente; causou-me arrepios na espinal medula.
- También queria conocerte mejor…
Corei. Sorri-lhe.
- Me gusta ver usted ruborizarse.
Okay… corei ainda mais.
Subitamente, sem mais nem menos, não sei o que me passou pela cabeça.
- O que fazes hoje à noite?
Javi foi apanhado de surpresa. Pestanejou e respondeu:
- Nada especial… por qué? Usted tiene un plan mejor?
Mordi o lábio carnudo.
- Não me apetece nada ir para casa… estou zangada com a minha mãe e a minha melhor amiga está ocupada, porque vai receber a visita do seu namorado. E sabes? O meu estômago não se contenta com um café, por isso e visto que não tens nada combinado… queres… jantar comigo?
Ele esboçou um grande sorriso.
- Ese plan me parece perfecto. Dónde vamos a cenar?
- Hum… não sei… conheces algum restaurante bom por aqui? O convidado é que escolhe.
Javi matutou um pouco.
- Vamos el restaurante del Barbas.
Levantei as sobrancelhas e soltei uma gargalhada.
Estava em casa mesmo à frente do meu guarda-roupa. Javi estava lá em baixo, no parque de estacionamento à minha espera. Não queria nada que ele esperasse muito, mas eu não sabia realmente o que vestir. Depois de atirar os vestidos mais apropriados para a ocasião para cima da cama, consegui seleccionar dois. E qual dos dois escolher? Estava indecisa entre um vestido pelos joelhos em tons brancos e prateados com inúmeros brilhantes e um vestido rosa decorado com uns tons de dourado. Agarrei no telemóvel e enviei um sms de ajuda urgente à minha vizinha de cima, Inês.
“ Emergência! Vestido branco e prateado ou rosa e dourado para um jantar com uma pessoa especial? “
Passados alguns segundos:
“ O primeiro, definitivamente! Creio que essa pessoa especial seja o Espanhol, Espanholita ^^ “
“ Gracias! Gracias! Sim… por acaso é mesmo ele. Bom, tenho mesmo de me despachar. Te amo, Chica <3 “
“ De nada… boa sorte =D Também te amo, Mariza.<3 “
Assim sendo, vesti o vestido, pus uns brincos a condizer, escolhi uns sapatos de salto alto (obviamente), dei um jeitinho no meu cabelo, peguei na mala e saí.
Entrei no BMW preto e reluzente do Javi. Ele mirou-me toda, sem vergonha.
- Eres realmente hermosa!
Ao pé dele, era realmente desnecessário usar blush, porque os seus elogios faziam-me corar instantaneamente. Javi estendeu a mão e fez-me uma festinha no bochecha esquerda que flamejava.
- Te dije que me encanta cuando te ruborizas?
Comprimi os lábios.
- Sí, he dicho…
Só me apercebi que tinha falado em Espanhol com ele, quando este ligou o carro.
Já tinha saudades de falar em Espanhol todo o dia, mas a minha vida era agora em Portugal; a minha mãe já mal percebe Espanhol e também não gosta que eu fale a minha língua… Inês entende melhor, muito devido a Fernando, mas mesmo assim, não gosto de falar Espanhol com ela, pois sei que para ela é muito mais fácil o Português. Mas… eu podia falar Espanhol com Javi… seria natural e benéfico para os dois. Se calhar ele gostava tanto da minha pronúncia (que raramente ouvia) como eu amava a sua.
- En qué piensas? – perguntou ele, quebrando os meus pensamentos.
- En nada especial… - os meus olhos depositaram-se na sua mão direita, controladora das mudanças do carro. Tomei mais atenção à tatuagem que lhe rodeava o pulso. Fiquei fascinada. – Tienes una tatuaje…
Javi olhou para mim e depois para a sua tatuagem no pulso; Sorriu.
- Tengo más…
- Tienes más? Dónde? – perguntei, curiosíssima. Só depois, rezei para que não fosse em nenhum sítio… íntimo…
- Tengo esto en la muñeca – apontando para a do pulso. – Tengo este dedo – apontando para as iniciais J e G (o seu nome) no dedo mindinho da mão esquerda. – Tengo outra en el antebrazo y el brazo izquierdo y todavía tengo outra en la pierna.
- Tienes cinco! – exclamei surpreendida. – Yo no sabia que te gustaba tanto de las tatuajes.
- Mi gusta muho, sí. Y tú? Te he visto una rosa com espinas en el pulgar izquierdo.
- Sí, esto. – mexendo o polegar, onde tinha a rosa negra.
- Tienes más?
Acenei com a cabeça.
- Dónde?
- Tengo en el pie, también.
Tínhamos chegado ao restaurante.
- Quiero verla.
Javi saiu do carro e abriu-me a porta. Ainda sentada no banco cómodo do BMW, alcei o pé direito e mostrei-lhe a tatuagem que o sapato preto não cobria.
- Guapa!
- Gracias. – sorrindo-lhe.
- Si encuentra alguno de mis colegas, lo siento.
- Por qué me piedes excusa? – rindo-me com a sua expressão facial.
- Mis colegas… bueno, si ves alguno, entiendes. – piscando-me o olho. Ri-me.
Entrámos no restaurante e Javi depositou a sua mão no fundo das minhas costas.
Sentámo-nos, fizemos os pedidos e aguardámos.
Tentei não pensar muito na ironia do vinho que o Javi pediu. CASAL GARCÍA.
Agarrei no copo e traguei uns belos goles no vinho saboroso. Olhei em meu redor. Reparei que estavam quatro jogadores de futebol a olharem fixamente para mim. Roberto, Saviola, David Luiz e Salvio. Ai, que vergonha.
- Estás ruborizada de nuevo. Qué pása?
Mordi o lábio.
- Son sus cuatro colegas que nos miran.
- Ellos están buscando a ti, seguro.
- Debe ser extraño verte com otra persona que no es Elena. – disse, triste.
Javi deu-me a mão.
- Ellos saben que se acabo. Deben estar curiosos.
- Hum…
Eis senão, quatro colegas de Javi rodeiam a nossa mesa.
- Oh Javi! JAVI GARRRCÍA! – exclamou David Luiz. – É o nome dele, garota.
Pisquei os olhos, tentando não rir.
- A sua cara não mi é estranha… - continuou ele. Porque é que todos diziam o mesmo e nunca se lembravam?! – Eu conheço você?
- Sou eu que aponto o teu nome e a matricula do teu carro. – disse-lhe.
- Ah! A famosa estagiária… estou vendo. Então, Javi? É esta a garotjinha? A sua “Chica”, hein?
Javi olhou para mim, pedindo-me desculpa com o olhar… outra vez.
- Sí, David! – dando-lhe um calduço no ombro. – Mariza Martínez, mi Chica.
Corei com aquelas duas últimas palavras: mi Chica (aii aii). O que significava aquilo?
Virem-me para eles, tentando desviar o meu embaraço.
- É um prazer conhecer-vos.
- E nós somos… - David Luiz ia começar as apresentações, mas eu travei-o.
- Não são necessárias quaisquer apresentações. Conheço-vos, por causa do meu trabalho, mas também… porque sou adepta do Benfica… e também do Barcelona. – rindo-me.
- Eres mismo portuguesa? – perguntou Saviola.
- Não totalmente. Nasci em Barcelona, mas depois os meus pais separaram-se e sendo a minha mãe portuguesa, vim para Portugal desde muito pequena. – expliquei para os cinco, pois Javi ainda não sabia.
- Ah, tou vendo… então você é Portuguesa e Espanhola, é isso?
- Sou Luso-Espanhola. – sorrindo-lhe.
- Tienes de ver nuestros juegos! – exclamou Salvio.
- Ah, pois, tenho de pensar nisso. – rindo-me. – David?
- Sim?
- Tu deves conhecer a minha melhor amiga… a Inês Oliveira.
- Hum... não tou vendo, não.
- Ela vai algumas vezes a casa do Rúben.
David abana a cabeça.
- Não sei não, garota. Sabe, não vou a casa do Rúben faz tempo. Ele anda maluquinho por uma garota. Não faço ideia quem ela é, mas ele diz que ela é especial.
Fiquei super chocada! Rúben andava apaixonado por outra rapariga?! E eu a pensar que ele gostava mesmo da minha Loirinha e que a minha Loirinha estava finalmente a esquecer El Niño.
Bem, fiquei deveras surpreendida; não me costumava enganar em questões como esta...
Vieram os nossos pratos e os quatro jogadores juntaram a sua mesa à nossa.
Roberto falava comigo sobre a sua mulher e a sua filha. Disse que tínhamos de combinar um jantar os quatro: eu, Javi, ele e a sua mulher Marta, a fim de nos conhecermos melhor. Eles eram todos muito simpáticos. Notei, pelo canto do olho, que Javi e Saviola murmuravam.
( - Mariza es muy hermosa y agradable. – comenta Saviola.
- Es mucho más que eso. Es misteriosa, independiente, luchadora, muy amiga de sus amigos. Es muy buena persona… - responde Javi.
- Te gusta della? – quer Saviola saber.
- No… yo creo que la amo. – confessa Javi.
Javi não tira os olhos de Mariza. Está como que fascinado a ouvi-la falar com um dos seus grandes amigos, Roberto.
- Crees que ella siente lo mismo? – interroga Javi.
- No sé, pêro se ella queria cenar contigo… puede significar algo… - afirma Saviola. – Há dicho lo que sientes?
- No… creo que es muy temprano para eso. – confessa.
- Dale tiempo… para ella e para usted. Puedes sentirte solo sensible a causa de Elena…
- No! Yo sé lo que siento.
Os dois amigos ficaram a olhar para Mariza sem dizerem mais nada).
- Domingo? No tengo nada que hacer… aceptado! – disse então, aceitando ir ver o jogo do Benfica neste Domingo.
- Perfecto! Javi te lleva al estadio y luego le dice donde está el area VIP. Has oído, Javi? – perguntou Roberto virando-se para Javi que parece ter acordado de um sonho.
- Qué? Qué pása?
- Llevas Mariza al estádio, decirle donde es el area VIP en el Domingo.
Javi olhou para mim, intimidante.
- Quieres ver nuestro juego? – surpreendido.
- Por qué no? Claro que quiero!
- Y en el area VIP?
Não percebi muito bem a sua expressão facial ao dizer zona VIP. O que tinha de tão chocante essa zona do estádio? Bem, era onde estavam… OMG! Era onde estavam as mulheres e namoradas dos jogadores de futebol. Pois, já entendi. Javi não gostava muito da ideia de eu ocupar o lugar de Elena na zona VIP. Compreendo…
(Javi não conseguia expressar o seu entusiasmo. Mariza queria ver o seu jogo… ainda por cima, na zona VIP, local onde só as pessoas mais íntimas (namoradas e esposas) dos jogadores entravam. Será que ela compreendia o que isso queria dizer?! Será que o próprio Javi poderia tirar dali uma conclusão que lhe agradasse?! Será que Mariza gostava tanto dele como Javi gostava dela?!)
- Si no quieres que yo vaya allí, yo puedo ir a la grada. – não era mentira. Eu compreendia. Se ele não queria que eu fosse para a zona VIP eu podia ir para as bancadas normais…
- Por qué rázon no quiero que te vayas a la zona VIP?
- Hey, pessoal. Já está chegando a nossa hora. Vamos andando, tá bom? – disse David, tentando deixar-me a sós com Javi. Os dois espanhóis, um brasileiro e um argentino abandonaram-nos.
Javi repetiu a pergunta.
- Yo entiendo que no quieras que me tome el lugar de Elena...
- Qué? Que estás diciendo? Yo estaba sorprendido, por que no sabia si usted había dado cuenta de que eres especial para mí.
Fiz uma expressão confusa.
- Sabes, sólo personas muy especiales para los jugadores pueden entrar en él área VIP.
Acenei com a cabeça, com olhos inocentes.
- No me di cuenta que ya sabías que eres especial para mí...
Pestanejei os olhos.
- Eu... sou especial para ti...? – perguntei, interrompendo o nosso perfeito diálogo na nossa língua. Subitamente, ouvi ao longe Love’s Divine de Seal (música que adorava) que soava no VH1 da TV do restaurente.
Javi sorriu, como se eu fosse uma pequena criança a perguntar de onde vêm os bebés.
A resposta para ele era certa, clara, sem margem de dúvida.
- Por supuesto que es...
Tentando encolher as grossas lágrimas que ameaçavam escorrer-me pelo rosto abaixo, disse, tola:
- Me encanta esta canción...
Javi franziu levemente o sobrolho e olhou para trás, apercebendo-se que não deu conta da música que soava nos meus ouvidos, como banda sonora da confissão dele.
- Oh, mi gusta del Seal también.
Levantei as sobrancelhas finas.
- Jura!
Javi pediu a conta e não me deixou pagar (coisa que vou ter de remediar para a próxima vez. Espera! Próxima vez?! Sim, eu queria uma próxima vez!)
Já íamos a entrar para o carro dele, quando ele pousa a mão na minha, impedindo-me de abrir a porta do carro.
- Veo que te gusta mucho la música.
- Verdad. – sorrindo-lhe.
- Y el canto...?
Os meus olhos circularam, até um pouco preocupada pelo que vinha dali.
- También... – respondi a custo.
- Quieres ir a un bar de karaoke?
Fiz uma expressão surpresa.
- Tú? Cantar conmigo?
Ele fez a sua expressão mais engraçada de sempre. E acenou com a cabeça.
- Okay... – rindo-me ao entrar para o carro.
O Bar era super giro. Haviam pessoas a cantar aos pares, seguindo fincamente as letras que apareciam no ecrã. Sentei-me numa mesinha redonda e alta para duas pessoas e Javi foi nos inscrever para o karaoke. Ai, já me nasciam borboletas marotas no estômago. Ai, que nervos!
Javi veio sentar-se à minha frente.
- Sólo dos personas. – o seu dedo indicador direito voou até à pontinha do meu nariz num gesto carinhoso.
Só faltavam duas pessoas. Ui, ui.
Passados por volta de 8 minutos, foi a nossa vez. Estava a beber um IceTea de manga, quando anunciaram os nossos nomes, eriçarando-me os cabelos da nuca. O senhor disse:
- Hum... uns pombinhos apaixonados, hã? Vão cantar esta canção, então. – corei como nunca corei na vida. Apareceu o nome da música e do cantor no ecrã. Enguli em seco.
UMBERTO TOZZI – TI AMO (english version).
Javi pegou no microfone, como se este o assustasse muito menos que um canto contra o Benfica.
Já eu... preferia fazer mil e uma espargatas do que... hum... cantar aquela música a olhar para o Javi. Eu achava a música do mais romântico e íntimo que pudesse haver.
- Ti amo. Throw a coin. Ti amo. In the air. Ti amo. Heads up it means that it’s over. We’re leaving each other... I lose my breath when you reveal yourself. Is love so far from hate? – cantava ele. Quando as letras “ And I need you as I need the sun. You are forever the one” aparceram no ecrã, ele memorizou-as e cantou-as mesmo virado para mim com os olhos a brilharem.
- TI AMO! How could I hurt you so? Now I am here again... open the door to a woman who is hollow with pain! – cantei a minha parte.
Acabámos a música quase já sem ar nos pulmões. Voltámos para a nossa mesa e bebemos os nossos refrigerantes. Riamo-nos ao relembrarmos o que tinha acontecido há minutos atrás.
Tinha-me divertido imenso, apesar da intimidante música; e Javi também tinha gostado muito, pelo menos era o que eu conseguia ler nos seus olhos.
- Mañana voy a grabar un vídeo com Nélson Évora. – afirmou ele, esboçando um sorriso.
Levantei as sobrancelhas, surpreendida.
- En serio? Dónde? Sobré qué?
- Sí. – riu-se. – En el centro comercial Alegro Alfragide. Vamos a hacer una broma. Una salto a la tienda Adidas.
- QUÉ?! – quase cuspi o sumo da boca.
- Una broma, una broma. – rindo-se da minha reacção.
- Okay… - disse ainda desconfiada.
Ele coçou o bigode, um dos seus tiques. Javi tirou o telemóvel do bolso e olhou para o ecrã.
- Bueno… mañana temprano tengo entrenamiento en Seixal…
- Sí sí, eres mi hora también. No estoy acostumbrada a echarme muy tarde.
- Por qué?
- Estoy en la universidad, recuerdas?
- Ah, sí, sí. A veces me olvido. Pareces más adulta de lo que es.
Encolhi os ombros.
- Bueno, vamos? – perguntei. Javi acenou com a cabeça. Dirigiu-se ao balcão e pagou.
Fomos para o carro. Eu permaneci quieta ao pé do belo BMW. Javi olhou para mim.
- Vaya por delante. Voy a tomar el autobús.
Ele abanou a cabeça.
- No digas tonterías! Yo té llevaré a casa.
- No, no señor! Mañana hay que levantarse temprano. No quiero retrasar más.
- No me molesta. Sólo necesito que me digas el camino.
Eu fiquei no mesmo sítio.
- Estoy esperando…
Suspirei profundamente e entrei no carro.
Quando estávamos em frente à minha casa, disse-lhe:
- Gracias por todo.
- Yo lo aprecio. – agradeceu ele também, fazendo-me festinhas nas bochechas. – Quieres ver nuestro entrenamiento? – perguntou tão depressa, como uma rajada de vento forte. Mal o percebi.
- Qué?
Javi clareou a garganta e disse mais calmamente.
- Quieres ver nuestro entrenamiento?
A questão apanhou-me de surpresa.
- A qué hora?
- 10h30 en Seixal.
- Hum… muy bién! Por la mañana no tengo nada que hacer, solo por la tarde tengo clase de Danza.
- Perfecto, entonces. Yo vengo recogerte a las 8h30. Y no me digas que te vas solo.
Comprimi os lábios.
- Okay… buenas noches. – aproximei-me dele e depositei-lhe um beijo na face.
Abri a porta e subi as escadinhas do prédio. Entrei. O BMW ainda estava lá. Comecei a subir alguns degraus e espreitei. Continuava lá.
Subi a escadas até à porta de Inês. Oh, tinha tanta coisa para lhe contar, tanta coisa para atirar cá para fora. Ai, Jesus! Tive de morder várias vezes o interior das bochechas para impedir que aquele sorriso parvo estampado na minha cara parasse. Bati à porta. Nada. Bati outra vez. Hum…nada. Toquei à campainha, furtivamente. Passados alguns minutos e alguns barulhos estranhos, abriram a porta. Esbugalhei os olhos.
- FERNANDO? – sim, era mesmo o Fernando Torres, especado à minha frente em tronco nu e umas diminutas hum… boxers… - Eu, hum… será que a Inês tem um pau de canela que me dê…? – perguntei a pergunta mais tosca que tinha perguntado em 18 anos de existência. – Sabes, hum… vou fazer hum… arroz doce e preciso mesmo de um pau de canela.
Isso! Isso! Afunda-te mais. Detesto arroz doce! E que tal pirares-te sem incomodares mais?!
- Usted va a hacer arroz com leche a las 23 horas?
- Exacto! Hum… apetece-me mesmo.
- Muy bién. Espere un poço… - disse ele, entrando de novo em casa e dirigindo-se à cozinha.
Milagrosa fuga! Corri pelas escadas abaixo e entrei em casa.

Song's*8


Fernando sente ciúmes


#Jantar#


Inês&Fernando

Roupas utilizadas para o 8º Capítulo

                                  
                                                           Roupa utilizada por Inês

8º CAPÍTULO - narrado por Inês Oliveira

Javi pegou Mariza pela mão levantando-a lentamente:
- Estás bien? Quién era ese imbécil?
- Estou Gracias. Não sei bem o que lhe deu, nem porque fez isto. Foste um herói. Obrigada mais uma vez. – Dizia Mariza com os seus olhos verdes a brilharem mas a sua cabeça ainda em choque com o que acabará de acontecer.
- Lo Siento, no leves a mal, pero me tengo de ir para el entrenamiento si no el mister me mata. Te veo aquí cuado salir? – Disse Javi enquanto se afastava em direcção à porta de acesso aos Balneários para se equipar.
No Treino – Relvado:
- Agora formem pares e comecem a correr ah volta do campo. – Mandava Jorge Jesus. (o treinador)
- Ei Manz, cê fica comigo? – Perguntava o David Luiz ao Rúben Amorim, mas este estava completamente distraído e não respondeu.
- Ei! Manz! Cê tá aí? – Insistia o David enquanto dava toques no ombro do Rúben para o chamar à atenção.
- Hã, há, sim, desculpa. – Respondeu o Rúben.
- Finalmente. Cê tava ondji?
- Deixa-te de disparates. Vamos treinar ou não?
Enquanto davam já algumas voltas:
- Manz, que cê tem? – Perguntava o David preocupado.
- Eu? Nada, porque a pergunta? – Disfarçava o Rúben.
- Cê tá muito estranho. Mi conta cara. Se bem tji conheço, tem garota metida né?
- Mano ela é perfeita, passamos a noite juntos….
- Tô vendo, malandro…
- Não, não tas a ver nada, não foi nada disso. Ela é mesmo especial. Meu! Nunca conheci ninguém igual.
- Ui, cê tá mesmo apanhadinho.
- Opá não digas isso. Espero que não. Não…, não posso tar.
- Calma aí rapaz. Agora não tou entendendo nada. Mais você não disse que a garota era perfeita?
- Disse.
- Então e tá dizendo que não quer nada com ela?
- Não é isso. É complicado.
- Isso tô vendo eu. Cê não desiste fácil não. Mi explica então.
- É que ela tem namorado e ao que parece gosta mesmo muito dele.
- Há tá tudo explicado. Mas não tem jeito dessa garota ficar com você? É qui né? Cê é jogador dji futjibol.
- Pois e o namorado também.
- Jura. A gentji conhece ele?
- Mais ou menos, mas eu vou dar um jeito.
- É isso aí Manz, assim sim é o Rúben que eu conheço. Mas veja lá qui vai fazer.
O treinador apita e os jogadores são mandados para os balneários. O Javi foi o 1º a entrar, seguido de Rúben e David.
- Vocês estão com muita pressa. – Dizia o David.
- Tengo que ir a tener con una Chica. – Dizia Javi enquanto tomava um duche rápido e se arranjava.
- E eu tenho de ir ver se a minha Deusa já está melhor.
Acaba Rúben de falar e logo se seguida ouvem-se uns assobios e comentários vindos do fundo dos duches.
- Tô mi sentido mal. Todo mundo namorando e saindo, e eu aqui, sozinho. – Resmungava o David.
- Hó não digas isso manz. Vais ver que um dia destes vai aparecer a miúda dos teus sonhos, a tua cara metade, e mais cedo do que imaginas. Agora fica bem que eu tenho de ir. Xau!
- Yo también voy. Pera que voy contigo para el estacionamiento.
No estacionamento:
- Olá. – Disse Rúben. Notava-se que estava com pressa.
- Olá. Como estás desde esta manhã? – Respondeu Mariza com um sorriso malandro na cara.
- Pera ahí? Se conocen? – Interrompeu Javi.
- Isso agora não importa. Sabes se a Inês está em casa?
- Sim, acho que já deve estar. Ela disse-me que tinha de preparar umas coisas e que não ia a tua casa.
- Hum…Ok, vou passar por lá então. Fica bem.
- Adeus!
- Ya podemos hablar?
- Desculpa, claro.
- Bueno creo que ahora tienes dos cosas para explicarme. Que me dices de un cafézinho allí en el Colombo?
- Aceito, mas tens de esperar um bocado, se não te importares, é que ainda estou de serviço.
- Claro que no me importo. Siendo así Yo estoy aquí para hacerte compañía.
Há porta do prédio de Inês e Mariza, já se encontrava que Rúben que se depara com a porta do prédio aberta e decide assim subir. Estava já frente a frente com a porta da casa de Inês e toca.
- Quem será? Não estou há espera de ninguém? É o Fernando? Ai meu deus é o Fernando e ainda não tou vestida como deve ser. Não, não pode ser ele. – Abro a porta. – Rúben? Que fazes aqui?
- Olá, vim saber como estavas.
- Entra, fica há vontade.
- Estás melhor?
- Sim sim, muito melhor, obrigada.
- Ainda bem. Pareces muito nervosa. Passa-se alguma coisa?
- Hó Rúben. Sabes bem que o Fernando chega este fim-de-semana. Tenho de ter tudo a jeito para quando ele chegar.
- Há, o Fernando, pois é.
- Cabeça a minha. Queres alguma coisa?
- Ya, quero-te a ti. – Murmurou Rúben.
- Disses-te alguma coisa?
- Disse que não queria, estou bem, obrigado. Se estiver a incomodar e quiseres que eu me vá embora diz.
- Não sejas tonto. Fica há vontade. Eu é que peço desculpa por não te dar muita atenção. Olha vou agora no instante ao meu quarto , alguma coisa chama.
- Ok, e tu se precisares de ajuda diz.
A campainha toca:
- Vai ver quem é pff.
Rúben abre a porta e fica de boca aberta enquanto segurava a maçaneta.
- Hola mi amor. Espera tú no eres mi novia! Me quieren ver que me engañé en la dirección?
- Rúben quem é? – Perguntava eu vindo pelo corredor saida do meu quarto. Quando reparo bem e vejo que há minha porta estava o homem que me andava a deixar louca de saudades.- FERNANDO, meu amor, que saudades. – Corri em direcção aos seus braços.
- Quién es este? – Disse Fernando desconfiado e com frieza.
- Um amigo, não comeces com coisas. Fernando este é o Rúben Amorim, Rúben este é o Fernando Torres. Vieste mais cedo. Pensava que só vinhas amanhã.
- Conseguí venir más cedo y decidí hacerte una sorpresa, creí que ibas a gustar. Pero ahora no sé se fue una buena idea. – Disse o Fernando sem tirar os olhos de Rúben.
- Hó, tas tonto?! Eu adorei. Mas anda entra. Eu ajudo-te com as malas. Como correu a viagem? Vais ficar cá em casa certo?
- Yo estaba pensando en permanecer en un hotel.
Rúben revira os olhos.
- Hotel? Fica aqui. Temos de aproveitar. – Dizia eu enquanto me aproximava de Fernando para o beijar apaixonadamente.
- Pero aún no percibí que hace este tipo aquí?
- Veio ver como eu estava, como bom AMIGO que é. Mas já estou melhor. BEM MELHOR. Por isso já estava de saída. Não estavas Rúben?
- Aaaa… Por acaso estava a pensar em ficar a fazer-vos companhia, hoje não tenho nada combinado.
- Mas como podes ver já tenho companhia. – Tentava eu despachar o Rúben e reparava que o Fernando já não estava a gostar lá muito da brincadeira.
- Espera ahí? Ver se estaba mejor? Que me está escapando?
- Sim, esquece, já passou, agora estás aqui é o que interessa neste momento.
- No, no, si mi niña no tiene estado bien, yo quiero saber. Él no dije aquello sólo por decir. Creo you.
- Nunca lhe disses-te? – Disse Rúben questionando-me. Voltando-se novamente para Fernando:
- É muito difícil perceberes? Então eu passo a explicar….- Ia dizendo Rúben um bocado irritado com a situação.
- Não Rúben! ACABOU!
- Acabou nada, ele tem de saber. A Inês tem chorado dias e dias por tua causa. Meu! Tu não percebes que ela gosta mesmo de ti. E agora tu apareces aqui assim depois de tanto tempo a achar que tá tudo óptimo e ainda vens com a lata toda a perguntar o que ela tem!
- Es cierto lo que dice? – Perguntou-me Fernando preocupado.
Baixei a cabeçae sem os nosso olhares se cruzarem respondi:
- É!
- Por qué no me cuentas te?
- Eu não te queria preocupar, e além do mais que adiantava? Não te podias meter num avião e vires, tens lá a tua equipa, os teus treinos, os teus jogos,…
- Hó yo por ti hacía cualquier cosa mi amor. Pero vaya, ya que estás bien mejor, donde vamos cena?
-Eu conheço um óptimo restaurante. – Metia-se Rúben na conversa fazendo-se de convidado.
- Pero él va con nosotros? – Retorquiu Fernando num tom bravio fazendo-me alerta de que queria um jantar só nosso, só nós os dois.
- Eu acho que não tem mal. – Respondi eu, não conseguindo dizer não ao Rúben, aliás acho que não conseguia dizer a ninguém.
- Estás bromeando no? – Insistia Fernando, já a não gostar muito da ideia.
- Que foi Fernando? Qual é a tua? Que se passa? Se não queres que o Rúben vá diz logo!
- Desculpem interromper mas se eu incomodar muito posso ir embora!
- É que nem penses! - Disse já exaltada com tanta confusão. Eu nem tava a reconhecer o meu namorado, ele não era assim, nunca foi, não percebia de onde vinha aquela atitude, que mal tinha um amigo meu ir jantar connosco? Aliás, depois de tudo o que o Rúben fez por mim ele merecia este jantar. - Não sei o que se passa contigo Fernando, mas é melhor acalmares-te, vamos todos jantar, apanhar um bocadinho de ar e depois voltamos para casa nada de mais.
- Tienes razón mi amor, no sé lo que me dio! Lo siento Rúben.
- Na boa.
- Vá agora que estamos todos mais calmos, vamo-nos arranjar para o jantar. Rúben também vais e quando tiver mais na hora de jantar apareces, ok?
- Ás 21h? Está bom?
- Perfeito, até já então.
Despedimo-nos de Rúben, fiquei no hall a olhar para a porta quando me volto, reparei nos olhos castanhos de Fernando postos em mim:
- Que se passa? Por que me olhas assim?
- Por qué no le dice nada? Porque era con él que hablabas? Inês, tú aún me amas?
- Ai que disparate. Que conversa é esta Fernando? Vou mas é mudar de roupa. – Disse já não estando a perceber nada e talvez fosse melhor nem tentar perceber e virando as costas em direcção ao meu quarto.
- Espera! – Disse agarrando-me no braço. - Por qué no has respondido?
- Hó Fernando e é preciso? – Beijei-o apaixonadamente. – Esta resposta serve? Vá agora vai mas é vestir-te. Fica há vontade.
Fui para o meu quarto escolher um belo vestido para o jantar. Abri o guarda-roupa e no meio de tantos vestidos que tinha trazido de Espanha não sabia por onde me agarrar, nem o que escolher. Ai a Mariza fazia-me tanta falta nestes momentos, ela sabia sempre o que vestir nas ocasiões certas, enfim, agarrei num monte de vestidos e coloquei-os em cima da cama. Bem não era um jantar muito formal, nem nada de cerimónias, ia ser com um amigo e o meu namorado, por isso nada de grandes coisas… Depois de tanto remexer nos vestidos acabei por encontrar um perfeito. Agarrei no vestido ele era metade bege/cinza metade preto, com um laço em uma das alças, escolhi uns sapatos e uns acessórios a condizer. Pousei tudo em cima da cama, e fui tomar um duche rápido. O Fernando já me esperava. Entretanto chega também o Rúben, e ambos me aguardavam em silêncio na sala. Não queria demorar muito, pois não era nada dessas coisas e não os queria fazer esperar. Coloquei um glosse, uns brincos, coloquei as pulseiras um anel, borrifei-me com um bocadinho de perfume, e fui ter com eles há sala.
- Chica, estás mucho hermosa.- Disse logo Fernando levantando-se automaticamente do sofá ao ver-me entrando na sala.
- Uau Inês, estás um espanto. Nem pareces tu.
- Sem exageros ok meninos. Bem e onde vamos exactamente Sr. Rúben?
- Em breve saberás. – Dizia ele, fazendo suspense.
Descemos as escadas do prédio, até ao parque de estacionamento, e fomos em diracção ao carro do Rúben, já que o Fernando não tinha trazido de Londres o dele. Entramos, o Rúben ia a conduzir, no banco ao lado ia o Fernando, e eu ia nos bancos de trás. Foi silêncio mortal até ao restaurante. Rúben estacionou, saímos do carro, e há medida que caminhávamos para a entrada do restaurante Fernando pegou-me na mão, e entrámos. Lá dentro uns dos empregados indicou-nos uma mesa, sentamo-nos. Veio outro empregado que nos perguntou o que bebíamos e nos deu a ementa, cada um escolheu o seu prato e a sua bebida. Não tardou muito já tinha-mos os pratos há nossa frente.
- Então como vão as coisas lá por Londres? Lá o futebol exige mais, é puxado. – Dizia Rúben rompendo o silêncio, tentando ter uma conversa civilizada com Fernando.
- Pronto, já estava a estranhar não tocarem no assunto ‘Futebol’. – Resmungava eu.
- Sí, es más difícil pero una persona acaba por habituarse y yo también ya estaba en liverpool no cambia mucho en la reacción el Chelsea, y los juegos son de gran calidad.
- Que foi Inês? Queres que mudemos de assunto? – Disse Rúben.
- Não não, só disse isto porque ainda nenhum de vós tinha falado em futebol. E sei bem como vocês são. – Disse rindo, porque enquanto estava em Barcelona o Fernando falava-me muito de Futebol e quando estava em casa do Rúben a fazer o trabalho com o Mauro era a mesma coisa, eu cá não me importava, eu adorava futebol.
- Y tú? como te están corriendo las cosas aquí?
- Bem, muito bem, assinei um contrato até 2013 com o Benfica, e é por cá que tenciono ficar, este é o meu clube e é por ele que tenho orgulho em jogar.
- Ahah, tão lindo, até já fazes rimas com o nosso grande clube.
- Eh, já sabes como é, inspira qualquer um.
- Quando é o próximo jogo? Já tenho saudades de ver o Glorioso em altas!
-Estás com saudades de ver um JOGO ou os JOGADORES? A propósito, podias vir ver o nosso jogo no Domingo! Assim levavas um mega cartaz para eu te dar a camisola. O que dizes?
- Ai tão modesto que eu sou. Não seja convencido menino Rúben. Mas é claro que vou apoiar o meu clube. Só o clube! Espera. – Virei-me para o Fernando. – Ficas cá até quando?
- Aún no está seguro. – Respondeu Fernando ainda com um assuntos por tratar, e só depois disso é que iria. - Pero se quieras ir va.
- Achas? Estás cá e só temos de aproveitar.
- Então isso significa que já não vais? – Perguntou-me o Rúben com um olhar entristecido.
- Hum… eu amanhã digo-te ao certo se vou ou não.
- Boa! Não te esqueças do cartaz.
- Rúben! Eu ainda não disse que ia.
- Eu sei que vais.
Fernando levanta-se enfurecido da cadeira:
-Creo que me voy.
- Estás doido? Vais para onde? Senta-te mas é, ainda nem acabas-te de jantar.
- Parece que no estoy haciendo aquí mucha falta.
- é só parecer mesmo! Só um minutinho Rúben. – Puxei o Fernando pelo braço e arrastei-o até há entrada do restaurante.
- Que é que se passa contigo Fernando? Eu sei que tu não és destas coisas, por isso não estou a perceber a tua atitude. 1º a cena lá em casa, agora isto? Tu não estás bem. Não gostas do Rúben é isso?
- No me gusta? Tú es que pareces que te gusta demasiado.
- Ai não acredito. Estás com ciúmes Fernando Torres?
- Vas a decir ahora que no tengo razones? Vosotros es sólo sorrisinhos y que conversa fue aquella del suéter?
- Abusos do Rúben. Hó meu amor, achas mesmo que podia haver alguma coisa entre mim e o Rúben? E tu ainda ligas ás conversas dele? Tolo, sabes bem que te amo.
- Lo siento mi amor. Estoy siendo un idiota y la ruina de la noche. Lo siento.
- Sabes, eu até achei fofo. Ficas ainda mais lindo assim cheio de ciúmes. Vá, mas agora vamos esquecer este mal entendido e vamos acabar de jantar. Temos de aproveitar muito bem a nossa noite.
- Claro, así espero. Terminamos la cena?
- Vamos.
Segui há frente. Fernando puxou-me pelo braço fazendo-me ir de novo ao seu encontro, beijando-me apaixonadamente.
- Te amo.
Sorri e de mãos dadas voltamos a entrar no restaurante. Sentámo-nos novamente.
- Inês passa-se alguma coisa? Está tudo bem?
- Está, não te preocupes. – Pisquei-lhe o olho para o descansar.
Concluímos o nosso prato e pedimos a sobremesa. O resto do jantar continuou calmamente e sem grandes conversas. O Rúben insistiu em pagar já que tinha sido ele a mostrar-nos o restaurante. Pagamos e fomos para o carro onde de seguida íamos para casa.
Já no estacionamento do prédio:
- Adorei o restaurante. – Disse eu.
- Só o restaurante? – Questionou o Rúben com o seu ar de malandro.
- Vá, também gostei da comida. – Notei que a cara dele estava a tentar dizer-me: só? E eu percebi o que ele queria ouvir e decidi assim deixa-lo feliz. – Pronto a companhia também não foi má.
- Não foi má? Tenho a certeza que adoras-te. Já está a ficar tarde, vemo-nos amanhã?
- Não sei, depois mando-te uma mensagem.
- Oh, ok, vou indo então. Beijinhos. – Despedimo-nos com dois beijinhos na bochecha. – Trata bem dela és um homem cheio de sorte. – Dizia ao Fernando, enquanto davam um forte aperto de mão.
- Yo sé.
O Rúben voltou a entrar no carro. Fernando e eu fomos subindo as escadas até minha casa. Estávamos já á porta, enquanto eu procurava a chaves de casa na mala, (eu odiava malas, acabava sempre por perder as minhas coisas lá dentro) o Fernando agarrou delicadamente os poucos cabelos soltos que tinha junto ao pescoço e ia-o beijando calorosamente. Abri a porta. O Fernando virou-me para ele, e beijo-me apaixonadamente. Sem separar-mos as nossas bocas ele tirou as chaves da porta e fecho-a. Ainda sem as nossas bocas se descolarem caminhávamos em direcção ao quarto. O Fernando começou a desapertar-me o vestido e eu tirei-lhe a t-shirt que levava vestida. Chegados ao quarto Fernando pousou-me cuidadosamente sobre a cama, onde iríamos permanecer pelo resto da noite. Pensávamos nós, porque entretanto tocam há campainha. Quem seria a uma hora daquelas? Quem interrompia aquele casal feliz?

sábado, 13 de agosto de 2011

Último capítulo de Soulmates Never Die!

Postei hoje o meu último capítulo da fanfic Soulmates Never Die no blog:
http://marizawhatimwritting.blogspot.com
Leiam e por favor, expressem a vossa opinião, comentando o Cap.
Muito obrigada. Espero que gostem Beijos +.+