quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Caros Leitores é o Aniversário de uma das escritoras 

E por ser um dia muito especial, saudamos-vos com uma surpresa de um novo site onde postamos várias montagens com excertos sobre cada capitulo, esperemos que gostem: http://following-your-heart.tumblr.com/

PARABÉNS MARIZA 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Song's*18


Conversa Inês&Rúben


Rúben pensa na Inês


Inês quase sofre acidente


David preocupa-se com Inês


Quase Beijo de Inês&David

Roupas utilizadas para o 18º Capítulo

Roupa utiliza por Mariza

Roupa utilizada por Inês

18ºCAPÍTULO - narrado por Inês Oliveira

Hoje era uma daquelas manhãs em que não me apetecia minimamente levantar da cama, nem se quer acordar. Nunca tinha visto o Rúben tão zangado, sou tão idiota. Eu tinha de falar com ele o quanto antes, e a bem ou a mal ele iria ouvir-me. Levantei-me, vesti uma roupa prática, fui para a UNI com a Mariza. Chegadas lá, cada uma foi para a sua aula. Era hora de almoço e eu por hoje já tinha terminado as aulas, ia a sair do portão da escola:
- Hey Inês! – Chamaram-me. Voltei-me e reparei que era o Mauro. –Vais almoçar?
- Olá. – Cumprimentámo-nos. – Vou sim, já acabei por hoje. E tu?
- Também, olha não queres ir almoçar lá a casa? Aproveitamos e fazemos os trabalhos de amanhã. Que achas?!
- Hum.. Não sei se é boa ideia ir lá a casa.
- Pois o meu irmão anda um bocado insuportável. Aconteceu alguma coisa?
- Eu aceito ir contigo e pelo caminho conto-te tudo.
Lá fomos nós andando, chegamos a sua casa, entramos, pousei as minhas coisas no sofá da sala e fomos directos há cozinha. Eu observava todos os lados, todos os cantos, para me certificar que o Rúben não aparecia.
- Então a culpa é minha? Cabeça a minha, tinha logo que deixar o telemóvel em casa.
- Não Mauro. A culpa não é tua, assim que ouvi a voz do teu irmão devia ter desligado logo, nem sei porque fiz aquela idiotice. Nunca pensei que ele levasse tão a sério.
- Nem tu, nem eu. Ele é todo brincalhão, leva tudo na descontra, da maneira como o conheço ia compreender quando lhe contasses, agora essa atitude não é definitivamente do Rúben que eu conheço. A não ser que…É OBVIO! DAH! Bem eu ao inicio pensava que era só para de divertir aliás como sempre é, mas agora tudo faz sentido…
- Podes explicar-me de que raio estás para aí a falar?! – Disse confusa.
- Então o meu irmão é aquele tipo de: “Sou muita bom, e todas gostam de mim”, anda com todas tas a ver?!
- Sim estou. – Revirei os olhos. – Mas onde queres chegar com isso?
- Desde que te comecei a trazer cá a casa, ele começou a ficar estranho, notei até que se começou a meter contigo, mas isso é dele, brincar com toda a gente, agora a cena de se oferecer para te levar a casa, a calma dele no jantar, as vindas mais cedo depois dos treinos… pensei que fosses mais uma das suas conquistas, mas afinal é sério.
Engasguei-me com o que acabará de ouvir. Quer dizer 1º o David diz que ele gosta de mim, óbvio que não acreditei, depois a irmã, fiquei na dúvida, agora o irmão e depois do que o Rúben me disse no parque de estacionamento fiquei sem dúvida alguma. Coitado, eu brinquei com os sentimentos de uma pessoa. Sou um monstro! Que pessoa horrível faria uma coisa assim? Eu! Claro, nunca acerto uma…
- Inês…Alô?! - Chamava-me o Mauro.
- Eu não acredito, sou horrível, não tinha o direito de fazer uma coisa destas ao teu irmão, não tinha.
- Hó não foi por mal, e vais ver que não tarda já nem se lembra e já partiu para outra. É sério, mas passa-lhe rápido.
Bem o irmão conhece-o se diz que passa, as suas palavras tranquilizaram-me um pouco mais. O Mauro serviu o almoço numa pequena bancada que estava centrada na cozinha, mas sentia-me tão mal que nem comer consegui.
- Inês come. – Dizia-me ele. – Se não comeres é pior. Faz-te mal. Precisas de te alimentar.
Até parecia a minha mãe a falar. Que saudades eu tinha dela. Nesse momento entra o Rúben, olha para o seu lado direito e vê-me ali junto do Mauro. Ouvi a porta a bater, virei-me para ver quem era. O meu coração caiu-me aos pés assim que encarei a expressão facial que Rúben mostrava ao olhar para mim. Sentia-me a pessoa mais horrível do mundo. Rapidamente ele desviou o olhar, subiu as escadas numa correria e trancou-se no quarto. Num passo acelerado fui atrás dele. Bati há porta:
- Rúben, temos de falar!
- Baza, já não brincas-te o suficiente?! Ou vieste aqui para gozar outra vez com a minha cara?! – Disse revoltado.
- Não é verdade. Não digas isso. – Não consegui segurar e uma pequena lágrima começa a deslizar pelo meu rosto. – Por favor abre a porta. – Disse com a voz a tremer. Ele abriu-a mas sem nunca me encarar.
- Por favor Rúben, tens de me ouvir.
- Força, diz. Mas não demores muito que tenho mais que fazer. – Disse cabisbaixo.
- Eu compreendo que tenhas ficado chateado. E acredita que estou bastante arrependida, assim que ouvi que eras tu não devia ter dito nada, mas disse, foi uma brincadeira parva que me custou um bom amigo. Rúben só peço que não fiques chateado comigo, foi tudo uma enorme estupidez.
- Já acabas-te?! – Disse num tom de voz fria. Parecia até que não tinha ouvido nada daquilo que tinha dito.
- É só isso que tens para me dizer?
- Se já acabas-te podes ir embora. – Disse sem me olhar uma única vez.
Ia para falar, mas antes que voltasse a sair algum disparate, mantive a boca bem fechada. Segurei ao máximo as lágrimas que suplicavam sair dos meus olhos, sem dizer mais nada retirei-me.
- Inês?! – Olhou-me seriamente.
- Diz. – Fiquei há espera de uma resposta que me tirasse aquele aperto que transportava no peito.
- Quando saíres fecha a porta. – Disse com os seus olhos fixados nos meus. Ao ouvir aquelas duras e frias palavras caiu-me tudo. Tinha feito mesma asneira desta vez. Mas o que eu via nos seus olhos não era a frieza que ele queria transparecer, eu conseguia ver que por trás daquela dureza toda ele me estava a esconder dor e desilusão. Depois de breves instantes de silêncio, sai, fechei a porta e desci as escadas.
(- Sou tão idiota. Porque é que eu não a perdoei, custava muito?! Nunca me senti assim. Bolas! Senti-me tão feliz ao ouvi-la dizer aquilo ao telefone e afinal era tudo uma fantochada. Mas aqueles olhinhos azuis inundados de lágrimas que ela tentou esconder de mim, ai custou-me tanto. Se calhar fui demasiado duro com ela. Mas também que conversa foi aquela: “custou-me um bom amigo.” A sério? A SÉRIO? Isso doeu mais que qualquer outra coisa. Eu não acredito que pela primeira vez que gosto de alguém a sério é assim, ela não quer nada comigo. -Lamentava o Rúben sozinho no seu quarto.)
- Então como correu a conversa? – Perguntou o Mauro.
Olhei-o sem saber o que dizer.
- Tou a ver que não correu bem.
- Desculpa, mas não me apetece falar nisso agora, eu vou só…- Não aguentei e deixei as lágrimas que há muito as aguentava nos meus olhos, caírem. – Eu vou indo. – Disse agarrando nas minhas coisas.
- Não te posso deixar ires assim, nesse estado. Senta-te aqui um bocado e quando tiveres mais calma vais.
- Eu estou bem, a sério. Bem, vou indo. E mais uma vez desculpa.
- Desculpa de quê?
- Por estar sempre a chorar. És sempre tu que me apanhas nestes momentos. – Disse meia envergonhada.
- Oh que tonta. Não é vergonha nenhuma chorar, aliás só faz é bem, não tens de pedir desculpa. Vá agora vai com calma e com muito cuidado.
- Obrigada. – Abracei-o. Até amanhã. – Despedi-me, e ele fez o mesmo. Saí, ao fechar a porta voltei a cair em lágrimas, estava a custar mais do que imaginava, comecei a caminhar pela rua até chegar á paragem de autocarros ali perto. Ia a atravessar a estrada, mas estava tão mal que nem me lembrei de olhar, ouço uma travagem brusca, viro a cabeça e vejo um carro parado quase em cima de mim. Arregalei os olhos, entrei em pânico, o meu coração começou a palpitar fortemente, um rapaz sai apressadamente do carro e vem na minha direcção. Ainda estava em choque só conseguia pensar nas palavras frias do Rúben.
- Cê tá bem? – Perguntou-me o rapaz do carro. – Inês?! Que cê faz aqui?
- David? – Disse com fraqueza não aguentando mais e acabando por desmaiar. Os braços fortes do David agacharam-se rapidamente e impediram o meu corpo de cair ao chão. O facto de quase ter sido atropelada, o Rúben estar zangado comigo e não ter almoçado deixaram-me fraca, sem forças, que acabaram por me levar ao desmaio.
- Inês? Inês? Acorde! Por favor. – Chamava-me o David. Ligou aos bombeiros, estava nervoso, não sabia mais que fazer.
Comecei a abrir os olhos lentamente, estava deitada no chão, ainda com o David a segurar-me:
- David? Que aconteceu? – Perguntei, ainda atordoada. Tentei-me levantar.
- Calma calma. Não se mexe, não tarda vem aí a ambulância buscar você.
Passados poucos minutos apareceu a ambulância:
- É esta a rapariga que desmaiou? Você é o namorado dela? – Perguntou um dos bombeiros.
- Não não sou só amigo.
- E vai acompanha-la?
- Eu tenho aqui meu carro eu sigo vocês.
- Ok.
O David agarrou em mim e sentou-me numa cadeira fofa que estava na ambulância. Via tudo destorcido e doía-me imenso a cabeça. Chegamos ao hospital os bombeiros sentaram-me numa cadeira de rodas para que pudesse ser transportada porque ainda estava bastante fraca. Os bombeiros disseram para onde tínhamos de nos dirigir e o David encarregou-se de me levar até lá. O médico mandou-nos entrar. Fiquei de frente a ele, e o David sentou-se numa cadeira ao meu lado. Os bombeiros já tinham explicado ao médico o sucedido por isso o médico veio logo na minha direcção com uma pequena máquina.
- O que é que vai fazer com isso? – Perguntei assustada.
- Calma, vou-lhe só medir a sua tenção. – Acabou de medi-la. – Pois era o que eu suspeitava. Teve uma quebra de tenção. Tem os níveis de açúcar muito baixos. E está com o estado nervoso muito alterado, por isso vou-lhe receitar uns calmantes e tem de se alimentar devidamente. – Disse o médico enquanto passava a receita dos comprimidos.
- Cê tá maluca?! Não me diga que também entrou naquela maluqueira da mania das dietas?!
- Nãoooo, nada disso. Foi só umas coisas que aconteceram e fizeram-me perder o apetite.
- Não é desculpa…
- Aqui está a receita. Fique de olho nesta menina. – Disse o médico.
- Ta bom Sr. Doutor, eu vou ficar sim. Muito obrigada. – Agradeceu o David pegando na receita. Eu já estava bem melhor, por isso levantei-me e lentamente eu e o David dirigimo-nos á saída. Entramos no seu carro e ele levou-me a casa.
- Obrigada pela boleia, e desculpa qualquer coisa.
Ele saiu do carro e veio até mim.
- Onde vais? – Perguntei eu.
- Certificar-me que cê vai comer.
- Oh David não sou nenhuma criança, já podes ir eu já estou bem.
- Vai abrir a porta ou não?! Só vou embora depois de ter visto você comer.
- Ai que chato. – Resmunguei. Abri a porta e ambos subimos. – Entra, e fica a vontade. Se vires uma coisa cor-de-laranja pela casa, não te assustes é o meu gato.
- Ah Tá bom, mais á vontade só fico depois de você comer!
- Tás a brincar não?!
- Eu? Você é que tá brincando com coisas sérias. Tem de se alimentar.
- Está bem, está bem, vou já já comer. Queres alguma coisa paizinho?
Não teve como conter o riso.
- Tou bem obrigado.
Dirigi-me há cozinha seguida de David. Ele estava a levar as palavras do médico demasiado a sério. Acabei de comer:
- Já comi, satisfeito?
- Não fez mais que sua obrigação. É para o seu bem. Mas sim, estou bem mais satisfeito.
- Já me viste comer, agora já podes ir embora.
- Nossa, você quer assim tanto me ver pelas costas?!
- Oh nada disso, muito pelo contrario. Só acho que já te macei o suficiente por hoje.
- Nunca é maçada nenhuma tar com você. – Por breves instantes paramos novamente e nos olhávamos fixamente. Aqueles olhares de certa maneira mexiam comigo, com o meu ser. - Cê parecia meia baralhada antes da ambulância chegar, aconteceu alguma coisa? – Interrompeu o silêncio.
- O Rúben ainda não falou contigo?
- O Rúben? Sobre o quê?
- Estou a ver que não, então foi assim… - Comecei a contar a história do telefonema e as consequências que ele trouxe. - …E pronto, agora o Rúben não me fala, nem há frente me quer ver.
- Não diz isso não. Isso passa-lhe depressa, acredita.
- Duvido. Ele está mesmo, MESMO chateado comigo.
- Amanhã eu falo com ele no treino. Mas agora não pensa mais nisso, não se preocupe.
- Obrigada David. – Abracei-o. Ele retribuiu. Estava um enorme silêncio na sala, quebrei o abraço. Ao desfazer-me dele toquei com o cotovelo no comando que estava pousado em cima do sofá e esse cai ao chão. Atrapalha baixei-me para o apanhar, David fez o mesmo. As nossas caras estavam a centímetros de distância, a sua cabeça começa lentamente a vir em direcção há minha, fecho os olhos e deixo-me levar pelo momento. Estávamos agora a míseros milímetros de nos beijarmos, já sentia o calor dos seus lábios, a respiração da sua boca, quando somos interrompidos pela campainha. Levantei-me, o David sentou-se no sofá, fui abrir a porta.
- Loirinha. – Disse a Mariza mais alegre que nunca.
- Que fazes aqui Espanholita? – Perguntei nervosa.
- Ah muito tempo que não temos daquelas conversas só nossas e um tempinho para nós, por isso decidi aparecer. Foi má ideia?
O David entretanto levanta-se e vem juntar-se a nós há porta.
- Ééé.. Eu acho que vou indo.
- David?! – Disse Mariza surpresa. – Que fazes aqui? Não te vais embora por minha causa pois não?
- Não não, eu tava já dji saída. – Deu-me dois beijinhos, fez o mesmo com a Mariza. – Ah e não esquece de fazer o que o médico mandou tá bom?! Fui. – Despediu-se.
- Agora é o David? Mas não era o Rúben? Vais já contar-me o que ele fazia aqui! E que história era aquela do médico? – Questionava-se a Mariza.
- Calma, calma, calma! Uma pergunta de cada vez, mas entra e senta-te não vamos ficar aqui há porta. – Entramos e fomos para a sala. – 1º Não é David nem Rúben, porque já te expliquei montes de vezes que agora são só os estudos. 2º Ele estava aqui porque eu desmaiei e foi ele quem me levou ao médico…
- Pera pera, TU QUÊ?
- Já está tudo bem. Eu é que ainda não tinha almoçado por causa do Rúben, fui falar com ele e tá tudo na mesma. Desta vez fiz asneira e das grandes. Acabei por me enervar de mais e pronto, o resto já sabes. Então e tu?
- Eu o quê?
- Novidades?
- Claro loirinha, ainda nem tive oportunidade de te contar. Não é que eu estava lá no estádio, a estagiar e apareceu a Ana Luisa Silva…
- Quem?! – Interrompi.
- Uma fotografa. E ela convidou-me para pousar para um programa.
- WUOU, que máximo. A minha melhor amiga vai ser famosa.
- Ai não exageres, e ontem o Javi foi jantar lá a casa.
- Não posso, como é que a tua mãe reagiu?
- Foi ela que o convidou!
- A sério?! Só surpresas. Muito me contas.
O telemóvel da Mariza começa a dar sinal de mensagem. Era do Javi (só podia).
- Bem Loirinha, o meu amor está a chamar-me, vou ter de ir, ficas bem?
- Vai lá. Deixa aqui a Inês sozinha e abandonada.
- Sozinha não ficas, tens o González.
- Goza goza, mas vá, não deixes mais o rapaz há espera. Juizo.
- Adeus amiga. – Despediu-se.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Song's*17


Mariza&Javi na moto


Mariza na secretaria + Ana Luisa Silva


Inês e Rúben discutem


Mariza conversa com a sua mãe


Despedida de Javi&Mariza + cena do quarto

Roupas utilizadas para o 17º Capítulo

Roupa utilizada por Mariza

Roupa utilizada por Inês

Roupa utilizada por Mariza no Jantar

17ºCAPÍTULO - narrado por Mariza Martínez

Tinha acordado super bem disposta e nem as aulas me podiam por o humor e a alegria em baixo. Dei por mim a tentar com toda a minha força, não começar a dançar no meio dos corredores da universidade rumo ao refeitório.
Sim! Podia dançar! Sim! Já era eu mesma! Sim! Estou completamente apaixonada pelo Javi! Sim! Estou a explodir de alegria!
- Mariza? – perguntou Inês. – Porque raio é que estás com esse sorriso parvo na cara?
- Óh, Loirinha, que mazura! Não posso estar feliz? – esboçando um sorriso gigante.
- Claro que podes, aliás, ainda bem que estás! Hája alguém que esteja...
Inês estava preocupada e eu sabia porquê.
- Inês, vais ter de falar com ele... urgentemente! Senão nem vais ficar descansada e nem largar essa cara de enterro.
- Eu sei, eu sei. Tens razão. Tenho andado a evitar as chamadas dele, mas de hoje não passa. – afirma decidida. Sentamo-nos na nossa mesa do costume.
- É isso mesmo. E que tal ires ao Estádio para falares com ele?
- Eles hoje têm treino no estádio?
- Sim, senhora. O Javi não deve tardar a aparecer. – pisquei-lhe o olho.
- O Javi vem cá?! – quase que o IceTea de limão lhe saia da boca. Revirei os olhos.
- Vou dar-lhe boleia até ao Estádio. – sorri ao ver a Inês a piscar os olhos, espantada.
- O Javi? Numa mota? Contigo?
- Parece que sim... – ambas rimo-nos. Acabámos de comer. Despedi-me de Inês que ainda tinha duas aulas pela frente e eu umas horas de trabalho. Saí da UNI e vi uma das minhas fontes de alegria. Cheguei-me a ele e brindei-o com um beijo caloroso d’ amore.
Terminámos ofegantes, quando já sentia os lábios inchados. Senti que os meus olhos também sorriam. Javi fez-me uma festinha na bochecha rosada. A pele arrepiou-se na zona onde o seu dedo indicador tocou.
- Linda, cómo estás?
- Muito bem e o menino?
- No podería estar mejor. – sorrindo.
- Bom, vamos? – inquiri. Javi acenou com a cabeça. Pousou a sua mão na minha cintura, guiando-nos até à minha moto. Dei-lhe o capacete e não pude não rir ao vê-lo assim. Pus o meu capacete, liguei a mota. Senti-o a apertar os braços à volta da minha cintura; senti um calorzinho subir-me dos pés à cabeça (ai, o que aquele rapaz me fazia).
Virei a cabeça para trás e disse-lhe.
- Agarra-te bem! Sou perigosa a conduzir!
- CÓMO?! – berrou ele. Mal ouvi a preocupação e choque na sua voz, arranquei com a mota e ri-me sem mais não. Chegámos ao Estádio num instante e pela cara do Javi, concluí que ficou viciado na sensação de velocidade e o gosto do vento a bater-lhe no corpo. Disse-me que queria repetir a experiência e que eu não era uma condutora perigosa. Despedi-me com um longo e intenso beijo (como de costume). Ele foi para o balneário e eu fui até à secretaria, receber as tarefas que teria de fazer.
- Boa tarde, Mariza, como estás?
- Muito bem, Sr. Vilaça. E o senhor?
- Hum, um pouco atrapalhado. Será que me podes fazer um favor?
- Claro, diga lá.
- Podes ficar aqui na secretaria até eu voltar?
- E as minhas tarefas, Sr. Vilaça?
- Não te preocupes, hoje são poucas.
- Está bem. Vá lá à sua vidinha.
- Obrigada, querida. – abalou com um monte de papéis debaixo do braço.
Fui para trás do balcão e ninguém aparecia. Tirei o Ipod e pus os fones nos ouvidos, dissolvendo-me numa música que adorava: Pocketful of Sunshine.
- I got a pocket, got a pocketful of sunshine. I got a love and I know that’s all mine OH, OH, OH! – cantava eu de costas para a entrada da secretaria, quando ouvi uma tosse propositada. Esbugalhei os olhos, tirei os fones dos ouvidos e virei-me para a frente.
Dei de caras com uma rapariga mais baixa do que eu, com longos cabelos pretos e lisos e uns olhos escuros expressivos. Esboçou um sorriso afectuoso.
- Boa tarde. – abafando um riso. – Queria saber quando é que o treino do Benfica termina, por favor.
- Hum, termina daqui a uma hora. Posso ajudá-la em algo mais?
- Não, obrigada. Pretendo falar com um jogador de futebol.
- Ah, sim? – questionei curiosa.
- Sim. Com o Javi García.
Okay... eu estava a começar a gostar da rapariga, mas quando ela disse aquele nome PAROU TUDO! Pisquei os olhos, tentando rasgar aquela minha faceta ciumenta.
- A Sra. É uma jornalista?
- Oh, não não. Sou fotografa.
- Para algum jornal, revista...?
- Não, não. Faço sessões de moda com as mulheres dos jogadores de futebol. Talvez já tenha ouvido da nova rubrica do Fama Show: Portefolio...?
- Hum, por acaso não, mas disse... com as mulheres dos jogadores de futebol?
- Sim, sim. Porquê?
- Está à procura da mulher do Javi?
- Sim. – rindo-se.
- Então, aposto que queria falar com a Elena Gomez, certo?
A rapariga devia estar a achar-me sabichona demais.
- Certo...
- Tenho de lhe dizer, então, que a Elena e o Javi já não estão juntos.
- Como sabe tudo isso?
- Porque... eu sou namorada do Javi.
A rapariga abriu muito os olhos e esboçou um enorme sorriso.
- Oh, não fazia ideia! – rindo-se. Deu-me um aperto de mão. – Sou a Ana Luisa Silva.
- Prazer. Chamo-me Mariza Martínez.
- É Espanhola?
- Luso-espanhola – corrigi.
- Ah, muito bem. Uau, não fazia mesmo ideia! A vossa relação... aconteceu há pouco tempo, não?
- Pois, sim...
- Porque, eu ainda não os vi nas revistas cor-de-rosa...
- Gostamos de ser descretos.
- Ah, está bem. Então, estás interessada em fazer uma sessão fotográfica?
- Eu?! Mas... não sou nenhuma modelo...
- Óh, não te preocupes! Eu dou-te todas as indicações necessárias. De certeza que ficarás lindamente nas fotos. És muito bonita e simpática.
- Obrigada. – corando.
- Fico feliz por ti e pelo Javi.
- Obrigada.
- Então...? Aceitas? – encorajando-me.
- Porque não?!
- Óh, isso é um sim?
- Hum, se não te importares, gostava de falar com o Javi primeiro...
- Ah, claro. Compreendo. Mas fica já com o meu número de telemóvel. Quando tiveres uma resposta, ligas-me, pode ser?
- Claro, claro. Obrigada por esta oportunidade.
- Ora, de nada. Eu é que agradeço. Então, vou andando. Espero uma boa resposta em breve. – disse ela, sorrindo ao ir-se embora.
UAU! Acabei de ser convidada para uma produção fotográfica! Oh, meu Deus!
O resto da tarde correu rapidamente e não tão rápido quanto eu gostaria, pois estava ansiosa por-me derreter nos braços de Javi e contar-lhe a grande novidade.
Inês veio ter comigo, guiada por um sms que lhe mandei. Fomos ao parque de estacionamento e esperamos que o pessoal saísse do treino.
Avistei Javi, não me deti e corri para os seus braços que me acolheram ternamente.
Comecei a contar-lhe sobre a Ana Luisa Silva e o sue convite, quando o Rúben se chegou a Inês.
- Olá, tudo bem, Inês? – interrogou Rúben com um enorme sorriso.
- Óh, olá Rúben. Podia estar melhor... temos... hum, temos de falar.
- Yah-yah! Temos mesmo de falar! – Inclinou a cabeça, sussurrando num tom intimidante. – Porque me ligaste ontem a dizer que não esqueceste a noite em que nos beijámos?
Inês foi completamente apanhada de surpresa! Oh, meu Deus! Onde raio foi ele buscar o beijo?! Ai, céus! Ele ficou mesmo a achar que... – pensava Inês.
- Inês? Hello? Não dizes nada, fofa? – perguntou Rúben.
- Nao Rúben, não é nada disso, Ai meu deus desculpa, nao queria que ficasses a pensar que... – respirou fundo. - A chamada de ontem foi o resultado de uma brincadeirinha das raparigas, eu pensava que era o teu irmao que ia atender.
- O quê? Que brincadeira?
- Fui a uma Pijama Party com a Mariza e as outras mulheres/namoradas de jogadores do Benfica. Jogámos à Verdade Ou Consequência e aquela chamada foi a minha consequência. – e bem cara, pensou.
- Tu... gozaste com a minha cara?!
- Não, eu... eu não fiz por mal. Queria que fosse o Mauro a atender...
- Sabes que mais? Até eu! Até eu, Inês! Assim não tinha de saber estas coisas e não tinha de fazer figuras de parvo e não tinha de ficar de coração partido!
Inês lutava contra as lágrimas que ameaçavam escorregar pela sua face abaixo.
Depois, sem pensar bem no que ía fazer, levantou a sua mão para fazer uma carícia no rosto de Rúben. Carícia essa, da qual ele se afastou até com nojo. O lábio inferior de Inês começou a tremer. Eu e Javi estavamos a ver a cena um pouco distanciados, mas decidimos intervir. Fui ter com Inês, acalmando-a, enquanto Javi, sem sucesso, viu Rúben a sair no seu carro.
- Vamos para casa, Loirinha. Boa?
Ela acenou com pouca energia.
Despedi-me de Javi e fui deixar Inês a casa, antes de ir para a Academia e ensaiar até à exaustão.
Quando finalmente cheguei a casa, fui tomar banho, vesti o meu pijama e fui até à sala. Queria falar com a minha mãe.
- Podemos falar, mãe?
- Passa-se alguma coisa com as aulas? A Dança? Queres que te dê dinheiro?
Revirei os olhos e sentei-me no sofá.
- Não, não e não. Quero falar de outra coisa.
- Que outra coisa tens para falar sem ser destes três temas? – ela avaliou-me. – Queres ir a Barcelona?
Suspirei.
- Nada disso, mãe. Confesso que é um novo tema de conversa.
- Sou toda ouvidos.
Respiro fundo.
- Vou ser directa, mãe. Eu... estou apaixonada por um rapaz. E... começámos a namorar.
- Um rapaz? Hum... fala-me sobre ele. É giro? Inteligente? Anda na tua UNI? Trabalha?
- Calma! Não é giro, é lindo! É inteligente, querido, compreensivo, romântico. Não anda na minha UNI, porque ele tem trabalho a full time. Ele é um jogador de futebol.
- UM QUÊ?! – berrou.
- Qual é o problema?
- QUAL É O PROBLEMA? QUAL É O PROBLEMA?! Quantos anos tem ele?
- Tem 21, mãe. Acalma-te!
- É muito mais velho do que tu!
- Faço 19 anos para a semana, mãe! Achas que três anos de diferença é muito? O que posso eu dizer de ti e do pai?!
- Não estamos a falar de mim e do teu pai, estamos a falar de ti! Onde o conheceste?
Suspirei.
- No Estádio da Luz.
- Como se chama?
- Javi García.
- Como?! – esbugalhando os olhos. – É espanhol?!
- Sim é! Caso não saibas, eu também sou espanhola! – a bomba que residia calminha dentro de mim, acabou de explodir. - Já estou farta das tuas tentativas de eu esquecer a minha terra e as pessoas que estão envolvidas! Quando é que vais conseguir compreender que eu nunca, mas nunca vou esquecer o meu país, o meu irmão, os meus primos, o meu pai...? O Javi é outro motivo pelo qual eu não posso esquecer quem eu sou! O Destino acaba sempre por me impurrar para o caminho certo! Esta sou eu! Sou muito mais espanhola do que portuguesa, amo a minha família que está longe, amo praticar Hip Hop e amo o Javi! E não há nada que possas dizer para o mudar! Mierda, madre! Pára de tentar mudar-me!
A minha mãe estava perplexa a escutar as minhas palavras duras, mas verdadeiras.
Olhou para baixo, desviando-se do meu olhar. Clareou a garganta e ainda sem me fitar, disse, calmamente:
- Quero conhecê-lo.
- O quê?! – pensava que não tinha ouvido bem.
- Quero conhecê-lo. – repetiu, agora olhando para mim. – Podes convidá-lo para jantar connosco?
- Hoje?!
- Sim.
- Hum, não sei. É um pouco em cima da hora, mas... vou ligar-lhe... – já ía ao meu quarto buscar o telemóvel, mas detive-me. – Tens a certeza disto?
- Completamente. Quero conhecer o rapaz que fez derreter o coração da minha filha. – até parecia que eu era um bloco de gelo, assim tão gelado.
Hum... talvez... um pouco.
(...)
Tinha escolhido um vestido simples para o jantar. A minha mãe também se tinha arranjado e pareceu-me vê-la nervosa. Dei uma última olhadela ao espelho, antes de abrir a porta.
- Hola, buenas noches. – saudou Javi. Deu-me um beijinho ao de leve nos lábios e entrou na sala, onde a minha mãe estava sentada. Cumprimentaram-se com um aperto de mão desajeitado, devido aos tremelicos de ambos. Depois de uma conversita ocasional, fomos jantar. O meu joelho estava coladinho ao dele, dando-lhe a minha força. A meio do jantar, já estavam ambos mais descontraídos. Não podia deixar de ver que a minha mãe estava até satisfeita com o meu homem (meu homem, oh gosh). Às dez da noite, o Javi disse que tinha de ir embora, pois tinha treino cedo no Seixal. Enquanto a minha mãe estava na cozinha a lavar a loiça, eu acompanhei Javi à porta. Abracei-o e junto ao seu peito, sussurrei:
- Obrigada por teres feito isto.
- No me ha costado nada.
Sorri-lhe e beijei-o, primeiro: levemente, depois, queria um pouco mais.
Entretanto, olhei de esguelha para a cozinha. Assim sendo, agarrei no colarinho do Javi e puxei-o para o meu quarto que nunca tinha visto. Ele fechou a porta atrás de si, quando os seus lábios se afundavam nos meus. Despi-lhe o casaco e comecei a desapertar a sua camisa, deixando o peito másculo descoberto. Ele pegou-me ao colo e as minhas pernas (num movimento reflexo) rodearam a sua cintura, bem pressas a ela. Emaranhámos os cabelos de ambos, ficámos corados com o calor, os lábios de ambos inchados com a violência e paixão dos beijos infinitos e infindáveis. Quando já estávamos ambos ofegantes e cientes que dali, naquela casa, nada mais poderia haver, deixámo-nos ficar uns minutos de olhos fechados e com as canas dos narizes encostadas uma à outra, ouvindo e sentindo a pulsação de ambos.
Porém, pouco depois, Javi teve mesmo de partir e eu, depois de o acompanhar à porta, deixei-me cair na cama fofa. Hum, parecia antes que tinha flutuado em direcção à cama. Agarrei-me à almofada e inalei o cheiro do quarto, onde ainda estava presente o aroma de Javi.

domingo, 9 de outubro de 2011

Song's*16


Compras de Inês e Mariza


Rúben e David conversam sobre Inês


David e Inês lancham juntos


Inês fala com Rúben a prol da consequência


Pijama Party

Roupas utilizadas para o 16º Capítulo

Roupa utilizada por Mariza

Roupa utilizada por Inês

Pijama utilizado por Mariza

Pijama utilizado por Inês

16ºCAPÍTULO - narrado por Inês Oliveira

Estava uma bela manhã de Sábado, eu tinha acabado de acordar, fui tomar um duche para me despachar, porque hoje iria ter um longo dia. Para começar iria às compras com a Mariza porque esta noite ia ser a festa do pijama com as mulheres/namoradas dos jogadores, depois das compras ia estudar a casa do Mauro e há noite seria a festa. Por isso, tratei de me despachar. Peguei nas minhas coisas e no casaco do David. Saí de casa ao mesmo tempo que a Mariza, montamos na sua mota e lá fomos nós para as compras.
- Ai Mariza, como eu gosto de te ver assim.
- Assim como Loirinha?
- Assim, tão contente, apaixonada, o Javi faz-te mesmo bem. – Ri.
- Não sejas tonta, e não digas disparates.
- É verdade! Agora até aposto que vais deixar de ter tempo para mim. – Disse ao mesmo que esboçava um beicinho.
- Oh lá estás tu a exagerar, ah e quem passa os tempos todos em casa do Sr. Rúben não sou eu.
- Eh eh, onde queres chegar com isso? Sabes bem que só vou lá para fazer os trabalhos com o Mauro.
- Só só. Engana-me que eu gosto.
- Vamos almoçar?
- Agora desvia a conversa.
- Só não me apetece falar sobre isso ok? Já te disse o que penso. Para mim namorar agora não, já chega, depois do Fernando esquece, ainda para mais com jogadores, oh não, nem pensar. Agora vamos mas é almoçar que tenho o Mauro há minha espera.
- Pronto pronto, Agora diz que é o Mauro, mas estava só a brincar Loirinha, tem calma. Sim vamos que combinei estar com o Javi antes de irmos para a festa.
Já tínhamos as compras todas feitas e almoçado. A Mariza deixou-me há porta da casa do Mauro e foi ter com o Javi.
Toquei há campainha:
- Inêssss!!! – Exclamou o Rúben mostrando-se bastante animado com a minha presença. – Estás boa? – Deu-me dois beijinhos. - Que te trás por cá?
- Sim estou. Combinei vir ter com o teu irmão.
- Há, ele está lá em cima, eu acompanho-te até lá.
- Deixa eu sei onde fica, obrigada.
- Espera. Esse casaco não é do David?! – Disse reparando no casaco que tinha entre o meu braço.
- Olha mano, já escolhi o….Inêssss!!! Que cê faz aqui? – Exclamou o David aparecendo vindo da sala, surpreendido por me ver ali.
- Ei puto, aquele casaco não é teu? – Questionou-se o Rúben.
- Toma David. Mais uma vez obrigada. – Disse devolvendo-lhe o casaco.
- Oh não tem dji agradecer.
- Pera pera, PAROU TUDO! – Interrompeu o Rúben. – Que é que se está a passar aqui?! É que eu não estou a apanhar nadinha!
- Então Rúben é que … que … - Enrolava eu enquanto olhava nervosa para o David.
- Manz cê sabe … - Fitava-me ele sem saber o que dizer.
- Sei? sei o quê? Vocês estão a gaguejar de mais, desembuchem!
- Tá bom, eu conto. Lembra do jantar da outra noite?
- Sim, que tem?
- Então eu fiquei de levar a Inês a casa dela, mas a sua bolsa ficou cá em sua casa e ela ficou lá no meu apartamento.
- Ai sim? Oh podias ter vindo cá. Como já era tarde até cá podias ter ficado a dormir.
- Oh nós resolvemos, obrigada aos dois pela preocupação, agora vou subir que o Mauro já deve estar há minha espera. Com licença. – Disse. Subi as escadas rapidamente e entrei no quarto do Mauro, como de previsto ele já estava há minha espera e já tinha começado a trabalhar.
- Porque é que não me dizes-te que a Inês dormiu em tua casa?
- Não achei que cê precisasse dji saber. Nem foi nada de mais.
- Nada de mais? Puto tamos a falar da Inês, da INÊS!
- Calma manz, cê tá muito exaltado!
- David sabes o que ela significa para mim e agora dizes-me que dormiu em tua casa, como queres que reaja?
- Não ia deixar ela dormir na rua né? E ela ainda me pediu dinheiro p’ra ficar aí em uma pousada qualquer, cê preferia que ela ficasse num lugar qualquer ou em casa de seu melhor amigo?
- É puto, tens razão, desculpa aí! E obrigado.
- Obrigado dji quê?
- Por teres tomado conta da minha menina.
(“Da minha menina” ai que agora ferrou tudo. Essas palavras nunca mais iriam sair da minha cabeça. Depois daquela noite acho que fiquei doidão com aquela loirinha e aqueles olhinhos azuis piscando, brilhando. Eu não podia tar fazendo isso com meu melhor amigo. Puxa o quanto ele gostava dela. Onde eu me fui meter.) Pensou o David depois de ouvir as palavras apaixonadas do Rúben.
- É…ah…dji nada mano.
Eles voltaram para a sala e continuaram a jogar playstation. A Mariza estava a passar uma excelente tarde em casa do Javi e eu continuava atracada no quarto do Mauro rodeada de papéis farta de estudar. Levantei-me:
- Já chega por hoje. Uffa!!! – Suspirei.
- É. Já trabalhamos bastante hoje. Vamos descer e comer alguma coisa?
- Se trabalhamos. Estou esfomeada, mas vou ter de deixar para outro dia, tenho de ir andando que ainda tenho umas coisas a preparar antes da festa.
- Que festa?
Fui-lhe contando enquanto descíamos as escadas.
- Bem então diverte-te. – Desejou-me o Mauro.
- Já vais? - Veio disparado o Rúben ao nosso encontro.
- É, tenho umas coisas a tratar ainda.
- Vais para casa? Eu levo-te!
- Eu posso levar você dji novo se quiser. – Ofereceu-se o David.
Os olhos do Rúben faiscavam enquanto olhava ferozmente para o David que inocentemente nem notara o que tinha acabado de fazer.
- Se não se importarem. Mas só se não incomodar.
- Não incomodas nada.
- Não incomoda nada. – Disseram os dois amigos ao mesmo tempo.
Sorri.
- Deixa mano eu levo ela, eu vou indo também.
- Hum… Tá bem. – Disse o Rúben desapontado por não ter conseguido o que tencionava. – Não te esqueças da mala desta vez. – Alertou.
- Não paizinho. Está bem aqui, olha. – Disse apontando para ela.
- Bem vamo lá então. Txauzinho. A gentji se vê amanhã no treino.
- Adeus Mauro, Adeus Rúben. – Despedi-me com dois beijinhos em cada um, e saímos. Entramos no carro, a meio do caminho o meu estômago sem mais demora, já faminto deu alerta.
- Isso foi seu estômago?
- Up’s, ouvis-te? Desculpa, não como nada desde que almocei.
- Vamo lanchar então, ou cê tem que ir já p’ra casa?
- Por mim, só não posso demorar muito que logo tenho a festa em casa das meninas.
- Qui festa? Qui meninas?
- Eu explico enquanto lanchamos, pode ser?
- Ta bom, vamo ali a um cafezinho maneiro que eu e o Rúben costumamos ir ás vezes.
Chegamos ao tal cafezinho, cada um fez o seu pedido e fomos sentar-nos numa mesa na esplanada.
- Então qui festa é essa? – Interrogava-se o David.
- Bem, quando eu fui ver um jogo vosso, olha, até foi naquele dia que me obrigas-te a falar com o Rúen …
- Pois, me desculpa esse dia, não tava aguentando ver ele naquele estado. – Interroumpeu.
- Ohhh que querido. Mas já passou, eu compreendi. Continuando… As raparigas convidaram-me para uma festa do pijama que vai ser hoje em casa da Romanella…
- A namorada do Savi, né? Você vai-se divertir bastante, elas são bem legais.
- Espero que sim, se tu dizes. Bem agora acho que é melhor irmos andando se não começa a ficar tarde e não quero deixar a Mariza há minha espera. – Levantei-me ao mesmo tempo que procurava a carteira para pagar.
- Que cê tá fazendo?
- Eu vou pagar o lanche.
- Ficou maluca?! Nã nã nã nã, quem convidou p’ro lanche fui eu, por isso quem paga sou eu!
- Oh não, nem penses, já fiquei em tua casa e agora um lanche? Oh David é a minha deixa de te recompensar então?!
- Compensa outro dia, mais hoje pago eu.
- Pronto, já que insistes, mas fica já aqui combinado que para a próxima pago eu!
- Então isso quer dizer que vai haver próxima?! – Perguntou entusiasmado.
- É, talvez quem sabe, porque não?!
- Ta bom então, vou ficar esperando, mas vou ficar mesmo.
- Ahah Ok ok, podes esperar que eu não me esqueço, está Combinadissimo.
Depois de um lanche rápido e bem divertido com o David, rapidamente ele deixou-me em casa e seguiu o seu caminho. Tentei despachar-me ao máximo possível, sentia-me um pouco nervosa, pois eu ia ser a única rapariga no meio de tantas que não tinha como companheiro um jogador do Benfica, mas havia de correr tudo bem. Agarrei no saco com as coisas para o dia seguinte e o pijama. Desci já a Mariza estava há minha espera na sua mota, subi, e seguimos a direcção que a Romanella nos tinha indicado. Chegadas á sua casa, tocamos ah campainha e foi a Romanella quem nos veio abrir a porta. Entramos, cumprimentamos as raparigas enquanto a Romanella nos mostrava a casa, encaminhou-nos á casa de banho para nos trocarmos. Vestimos os pijamas e juntámo-nos ao resto das raparigas. Primeiro começamos por comentar os belíssimos pijamas de cada uma e como assunto vai puxado assunto demos por nós já estávamos todas a rir e a conversar.
-Pero hablen más sobre vosotros... – Disse a Magali.
- Sim sim, nois não sabemos nada sobre vocês. – Acrescentou a Luisa.
- Que querem que vos digamos? – Perguntou a Mariza.
- No sé, Sé allá. Digan alguna cosa. Alguna cosa sobre vuestras vidas o así. – Respondeu a Magali curiosa e querendo nos conhecer melhor.
- Então eu, moro com a minha mãe. O meu pai, irmão e muitos primos estão em Barcelona, a minha terra natal. Sou estagiária no Benfica, graças ao meu curso de Turismo. Ando mesma UNI que a Inês. Para além disso, pratico Dança: Ballet, contemporâneo, ritmos latinos, hip hop... – Falou a Mariza.
- Uau, um dia desses temos de combinar e cê ensina p’ra gente. – Brincou a Gabriela que já tinha muita confiança com a Mariza.
- Entonces y tú Inês? – Perguntou-me a Roamanella.
- Ah…eu…ah… Não há grande coisa para saber sobre mim. Eu moro nas Laranjeiras no memo apartamento que a Mariza, Como ela já referiu andamos na mesma Universidade, estou a tirar Desporto, Por isso tive de vir para Lisboa e deixar a minha família.
Acabei de falar e a Mariza e eu pedimos que as outras também falassem um pouco de si pois assim poderíamos conhecê-las um pouco mais.
- Tá bom então. Vamos fazer alguma coisa gentji? Que tal jogar dji verdade ou consequência? – Sugeriu a Luísa.
Todas concordamos, fomos buscar uma garrafa vazia e posemo-la a rodar. A ponta da garrafa aponta para a Mariza.
- Yo hago. – Ofereceu-se a Marta com os seus olhos semi-cerrados faiscando com os da Mariza. - Verdad o consecuencia?
- Verdade. – Disse a Mariza.
- Es verdad que tienes un caso con el Javi Garcia?
- Humm…Verdade. – Respondeu a Mariza enquanto mordiscava o seu lábio. Sentia-se acabada de ser apunhalada por uma enorme faca vinda dos olhos de Marta que só faltava deitar vapor de tanta raiva que fumegava.
- Huuuu…-Disseram as restantes raparigas.
- Siguiente. – Falou a Ana Laura. A garrafa começou a rodar e a sua ponta alcançou-me.
- Yo hago. Inês, Verdad o consecuencia? – Disse a Romanella esboçando um enorme sorriso malandro. Já ia aprontar.
- Es verdad que tú y el Rúben Amorim tienen un caso?
- Quê? Não, NÃO! Nada disso. Onde foram tirar essa ideia, NÃO!
- Hum... dijiste NO ahora vas al pozo. Tres consecuencias. – Observou a Coki.
- Ok, Romanella 3 consequências, vê lá o que me mandas fazer.
- Está bien. Entonces primera: Ligas a un amigo y dices que no te olvidas la noche del otro día; o entonces conectas a un amigo y dices que andas con un problema en el autoclismo; o por fin ligas a Fernando y dices que andas con saudades.. Cuál escoges?
- Ai o Fernando não por favor. - (Bem vou ligar ao Mauro e digo que não me esqueci da noite do outro dia, depois na escola explico-lhe melhor.) – Pensei eu.
- Escolho a 1ª. – Agarrei no telemóvel e carreguei no nº do Mauro, começou a chamar, elas estavam todas a olhar para mim para se certificarem de que eu fazia tudo correcto. Atenderam:
- Estou Mauro. Como é que estás?
- Não é o Mauro, é o irmão. O Mauro saiu e esqueceu-se do telemóvel, quem fala?
Engoli a seco, ai meu deus agora tenho de dizer isto ao Rúben.
- Então Inês, diz de uma vez. – Despachou a Luisa.
- Alô?! Quem fala?
- Ahh… Rúben! Não estava nada há espera que atendesses o telemóvel. – Estava tão nervosa que me esqueci do que tinha de dizer. Todas elas olhavam para mim ofegantes por me verem concluir a consequência, vá não ia custar nada, era só dizer e pronto. Bolas mas ele não é o Mauro, e agora?
- Inês? És tu?
- Era só para dizer que não me esqueci da outra noite. Beijinhos. – Mal acabei de falar desliguei, nem esperei uma resposta do Rúben. Elas riam-se, riam-se quem não estava a achar grande piada era eu, que me tinha acabado de meter numa grande embrulhada, o que é que o Rúben teria ficado a pensar?! Teria de esperar pela próxima vez que lá fosse a casa para lhe explicar. A noite continuou animada, com Karaoke, vimos um filme, jogamos ás cartas e já era bastante tarde quando demos pelas horas e nos fomos deitar.