quarta-feira, 7 de setembro de 2011

12ºCAPÍTULO - narrado por Inês Oliveira

Estávamos já no parque de estacionamento do Estádio da Luz, quando avistamos o Javi aproximando-se de nós. Reparei na Mariza que estava tipo em transe, não conseguia tirar os olhos de Javi.. A minha vontade era de rir há gargalhada, mas estava tão nervosa por ir para os camarotes que o meu riso estava a ser consumido pelos nervos e ansiedade.
- Hola! Como están desde ayer?
- Bem. Muito bem! – Respondeu de imediato Mariza soltando um suspiro.
- Y tú Inês? Más tranquila? Te llegas bien la casa?
- Sim estou obrigada. E sim cheguei. Não quero ser antipática mas podemos não falar sobre isso. Agradeço.
Eu não queria falar mesmo. A viagem de carro que tinha tido ontem depois do treino, tinha sido a viagem mais longa da minha vida. Fomos do campo de treino até minha casa num silêncio mortífero. Acredito que nem nas carrinhas funerárias aja mais silêncio. Enfim, recusei-me olha-lo todos aqueles quilómetros, e o Rúben também não teve coragem de dizer fosse o que fosse, pois sabia que se disse-se alguma palavra acabaríamos por dizer coisas um ao outro das quais nos poderíamos vir a arrepender. Mas a noite de hoje prometia e eu tinha era de aproveitar.
O Javi encaminhava-nos até aos camarotes. O Segurança que estava há porta apontou os nosso nomes, entramos, e naquela pequena sala já se encontravam as mulheres dos jogadores do plantel encarnado.
Assim que Javi se despediu de nós para se ir equipar, eu e a Mariza senti-mos os olhos daquelas mulheres curiosas postos em nós.
- Boa noite! – Dissemos.
Mas não obtivemos resposta. Naquele preciso momento entram mais duas mulheres:
- Hey! Tenemos caras nuevas hoy? Hola soy la Romanella y esta es la Eliana. Somos enamoradas del Saviola y del Gaitan respectivamiente. – Apresento-se Romanella com um enorme sorriso e super bem disposta. - Tenemos aquí unas sandes y unas bebidas.
Romanella começou a distribuir a comida pelas respectivas mulheres presentes naquela sala, enquanto fazíamos as apresentações:
- Hola. Yo soy Magali Aravena. Novia del Salvio. Placer.
- Y yo soy la Coki Rojas mujer del Jara.
- Prazê, eu sô mulher do Júlio Cesar. Meu nome é Luisa Jacobi.
- Yo soy Ana Laura, mujer del Maxi, mucho placer, sean bienvenidas.
- E eu sou a Mariza Martinez e esta é a minha amiga Inês Oliveira. – Adiantou-se Mariza não me deixando abrir a boca.
- Y vosotros son las novias de quién? Nunca te habíamos visto por aquí. – Perguntou a Magali.
- Não. Nós somos só amigas. – Disse a Mariza.
- Dji quem? – Perguntou curiosa a Luisa.
- Do Rúben e do Javi. – Respondeu a Mariza.
Depois das apresentações Romanella chegou a nós e reparou que não havia comida suficiente. Mariza começou a sentir-se pressionada por um olhar penetrante de uma mulher alta, cabelos longos e loiros que ainda não se tinha apresentado.
- No tengo que llegue. Voy a buscar más. – Disse Romanella sempre sorridente.
- No! yo voy a buscar. Necesito de cambiar de aires! – Disse a tal mulher um pouco furiosa.
- Não liguem p’ra ela não. A Marta não é assim, ela só devi ter feito isso, porque ela e Elena, a ex-namora do Javi eram super amigas. – Avisou Luisa.
- Há compreendo, Gracias pelo aviso. Pensei que ela não nos quisesse aqui.
- Hablas español? No de certeza que es aún sólo a causa de Elena. Todas nosotros nos gustaba, pero Marta tenía una mayor conexión con ela..
- Há estou a ver. Sim falo, eu nasci em Barcelona, …
Mariza estava-se a integrar naquele grupo de mulheres, eu mantinha-me sentada num sofá, observando-as enquanto falavam espanhol que por sinal me fazia lembrar de Fernando e me deixava um pouco em baixo.
- Inês, viene a juntarte a nosotros. – Disse Romanella. - No me digas que no percibes Español?
- Tem de perceber se não como namorava com o Fernando Torres? – Saiu disparado da boca da Mariza. – Ai Desculpa Loirinha não queria falar nele.
- Não faz mal.
- Fernando Torres? Muy bien. Pero qué mal tiene? – Pernguntou Romanella fazendo o seu sorriso desaparecendo ficando séria.
- Nós acabámos hás uns dias. Não levem a mal mas preferia não falar disso.
- Claro, por supuesto, lo entendemos. Ahora vemos a nuestros chicos. – Cortou Ana Laura o ambiente entristecido.
- Alguna cosa puedes hablar conmigo. Ahora tú y la Mariza ya forman parte de nuestro grupo. .Te sienta aquí y vamos a ver el juego. Disse-me Romanella.
Era dado o apito inicial, os jogadores já corriam e a bola já rolava pelo campo. O jogo debatia-se no relvado, fincamente. Eu e a Mariza trocava-mos algumas impressões e as restantes raparigas ao nosso lado também iam comentando. Não precisava de estar muito atenta ao jogo para ver que o Rúben parecia fazer turismo no relvado em vez de lutar pelas jogadas. Mariza mordiscava o lábio ao ver que Javi deixava a bola adversária correr á vontade no meio-campo. Parámos todas de respirar quando uma bola nos pés de um jogador do Beira-mar saiu lançada a baliza encarnada. Mas Júlio defendeu sem preocupações. Luísa ficou radiante. O Benfica saiu para o contra-ataque; Saviola furou pelos defesas e Salvio MARCOU. Ouve uma grande agitação naqueles camarotes por uns instantes. Faltavam poucos minutos para o final da 1ª parte quando Jorge Jesus decide fazer a 1ª substituição. Tira Rúben Amorim e coloca Maxi Pereira.
O Rúben não estava a fazer um bom jogo, e o treinador mando-o para dentro, assim que entrou nos balneários, nunca mais o vimos. Comecei a ficar preocupada. Será que ele se tinha lesionado? Quem é que eu queria enganar, ele tava mal por causa do que lhe disse. Mas também não me interessa, se ele está mal a culpa não é minha.
- Inês! Inês! Estás bem? – Perguntou-me a Mariza preocupada.
- Porque não haveria de estar?
- Pareces inquieta e pensativa.
- É só parecer. – Menti pois não conseguia parar de pensar no estado do Rúben.
É dado o apito do final da 1ª parte do jogo, estava Benfica 1-0 Beira-mar. Os jogadores recolheram-se até aos balneários.
- Então manz, qui si passa com cê? – Perguntou David, preocupado por ter visto o seu melhor amigo sair antes do final da 1ª parte.
- Oh manz, eu ontem podia ter falado com ela mas não fui capaz e ela está a odiar-me. ISTO ESTÁ A DEIXAR-ME LOUCO!
- Ei Javi! Como é mesmo o nomi da garota que tá deixando assim o Rúben?
- Inês, ella está allá encima con el resto de las mujeres.
- Brigadão Javi.
David saiu dos balneário disparado, subiu as escadas até aos camarotes, e entrou pela nossa sala a dentro.
- Quem é a Inês? – Perguntou ele.
Estava de costas, quando ouvi o meu nome e me virei para ver quem o chamava:
- Sou eu. – Disse. Senti-me ficar sem fôlego quando os meus olhos interrogadores atingiram os do rapaz que perguntavam pelo meu nome. Engoli a seco. Os seus caracóis definidos escorriam ainda a água que lhe refrescava o corpo depois de 45min. em campo, a sua pele brilhava ainda suado depois do esforço realizado, e os seus olhos brilhavam intensamente.
- Venha aqui fora se não se importar, mais é urgentji. Preciso de lhi falar uma coisa. – Disse ele com um lindo sotaque Brasileiro que me fazia estremecer o corpo.
Levantei-me do sofá onde estava sentada pensei que raio tinha ele de tão importante para me dizer, e dirigi-me para fora do camarote. Estávamos sozinhos no corredor, os seus olhos castanhos-esverdeados avistavam os meus, e por momentos ali ficamos, em silêncio, só olhando um para o outro. Caí em mim:
- Eiii?! Que me queria dizer?
- Oi me tratji por ‘tu’ né! Não sou tão careta assim não. Você não é a garota que estava em casa do Rúben na outra vez?
- Era, porquê?
- E aí? Cê parecia estar incomodada com alguma coisa, cê tá melhor agora?
- Como sabias que … Espera ainda te lembras? E a coisa que na altura me deixou incomodada ainda deixa mais neste momento, mas isso não interessa agora. Que vieste aqui fazer? Não devias estar lá em baixo a receber concelhos e tácticas para a 2ª parte?
- Uma garota que percebe dji futjibol. Nossa qui raro. Agora percebo o porquê das coisas que eles ficam falando todo o tempo.
- Hã? Que coisas? Já não estou a perceber nada.
- Há! mi desculpe. M estou afastando do assunto que aqui mi troce. Eu vim aqui falar com cê por causa do Rúben.
- Se vieste aqui para me falar dele, esquece! Desculpa mas vieste perder o teu tempo.
Ia para dar meia volta e voltar aos camarotes, quando o David me segura pelo braço. Estremeci. Senti a sua mão quente e forte segurando-me e de imediato me virei para ele, ouvindo-o:
- Cê tem de me ouvir. Tô falando sério. A gentji nunca viu assim o Rúben. – Disse preocupado.
- Desculpa mas o que é que eu tenho a ver com isso?
- Eu acho qui tudo. Só fala com ele, por favor.
- E digo-lhe o quê? Oh David desculpa, mas eu acho que me estas a confundir com outra pessoa.
- Qui outra pessoa?
- A rapariga de quem ele gosta.
David ri-se:
- Cê não entendeu não?
- De que te ris?! Isto não tem piada nenhuma!
- Agora sim, vocês têm mesmo muito qui conversar. Cara essa garota é você.
- Eu? Não posso ser eu. Não gosta nada. Nós só somos amigos, mais nada!
Apareceu um sorriso maroto na cara do David, que consequentemente de imediato tentou disfarçar.
- Mais venha só comigo, venha falar com ele. Vem?
- Mas eu posso ir?
- Claro, vem. Só não pode é entrar nos balneários.
Segui-o até aos balneários:
- Espera aí um pouco qui eu vou lá dentro chamá-lo. Não foge não.
Ri-me:
- Não, vai descansado.
- Gostei da sua risada. A gentji si vê depois do jogo. – Disse entrando nos balneários.
Nos balneários:
- Ei mano, vai lá fora que cê precisa apanhar ar.
- Apanhar ar o quê? Eu só quero é ir para casa!
- Vai p’ra casa fazer? Vai lá fora, porque eu já não tô pedindo! – Ameaçou o David.
- Ei! Calma puto! Que têm de tão especiais os corredores lá de fora?!
- Cê só vais saber quando for ver!
Já estava a demorar muito, eu só pensava que com certeza estavam a gozar comigo, ia para dar meia volta e ir de novo para os camarotes quando volto a ouvir o meu nome:
- Inês?!
Virei-me:
- Rúben?!
- PRECISAMOS DE FALAR! – Disse-mos ao mesmo tempo.
- Tu primeiro. – Disse-me ele.
- Ok. Eu queria pedir desculpa pelas coisas que te disse ontem. Fui super injusta. E disse-te coisas que não devia. E que agora sei que não são verdade.
- É só isso que tens para me dizer? – Questionou-me o Rúben há espera de uma melhor resposta mais explicativa.
- Sim era só. Por isso vou voltar para os camarotes.
Dei meia volta ouço um grito:
- NÃO! Não Inês! Já chega. Não vais fugir outra vez. Desta vez vais explicar TUDO.
Arregalei os olhos, não estava há espera de tal reacção vinda do Rúben:
- Não tenho mais nada para te dizer.
- Tens sim. Que foi aquilo ontem? De que me acusas-te? Eu acho que tenho o mínimo direito em saber, não?
- Rúben… - Não consegui aguentar mais e deixei escorrer uma lágrima, que rapidamente limpei tentando manter-me forte. O Rúben apercebeu-se de que algo não estava bem, veio ao meu encontro, e depressa me aconchegou no seu abraço. Sentia-me tão bem, tão segura ali…
- Foi o Fernando, não foi?
- Nada Rúben, esquece, esquece isto, esquece tudo!
- Oh Inês já não estás a dizer coisa com coisa. Diz-me! Eu quero ajudar-te.
- Não podes. Já é tarde demais.
- Porquê? Que aconteceu?
- Ele a esta hora já está em Londres de volta aos treinos e a nunca mais querer ver-me há frente. – Dizia com a cabeça ainda encostada ao peito forte do Rúben.
- Não digas isso. Porque dizes isso?
- Porque é a verdade. – Desencostei-me dele, pondo-me frente a frente. – Sabes aquela noite no restaurante? Ele ficou a achar que nós …
- Não. Espera. Ele achou que… Ai Inês desculpa, eu não devia ter ido ao jantar, isso foi tudo culpa minha. Tinhas razão ontem.
- Não, não tinha razão nenhuma. Bolas Rúben, a culpa não é tua nem dele, é só minha. Sou eu que não acerto uma.
- Eu sei que isso não é verdade.
- Acredita que é. Acabou, não há mais nada a fazer.
- Há sempre alguma coisa a fazer. – Disse aproximando-se ainda mais de mim, levando a sua mão direita a um cacho de cabelo loiro que tinha caído sobre a cara, levou para trás da orelha enquanto aproximava a sua cara da minha. Percebi o que ele estava a tentar fazer e era ainda demasiado cedo para me envolver com alguém outra vez. Ainda para mais outro jogador de futebol. Rapidamente baixei a cabeça, olhei para o relógio que tinha no pulso:
- Já? Desculpa mas tenho mesmo de ir ter com elas aos camarotes, o jogo deve estar quase a acabar.
- Humm… Ok. Vemo-nos depois do jogo?
- Não sei, depois vê-mos isso.
Chegada aos camarotes:
-Que aconteció? – Perguntaram elas curiosas.
- Nada, está tudo bem. Quanto está o jogo?
- Igual, con alteración del Javi que no andaba con la cabeza en el juego. – Disse Eliana.
Olhei directamente para Mariza tentando perceber que se passava, mas fiquei na mesma, ela só se mostrava preocupada.
- Eu e as garotas tivemos falando, e a gentji vai fazer uma festa do pijama entri quarta e quinta e gostaríamos que cês também fossem. Que dizem da ideia? – Convidou-nos a Gabriela em nome do grupo.
- Adoraríamos. – Respondi.
Fizemos trocas de números para combinarmos entretanto a tal ‘pijama party’. Era dado o apito final. Benfica ganha ao Beira-mar; 1-0, com golo de Salvio. Eu e Mariza, despedimo-nos das mulheres e namoradas dos jogadores e fomos até ao parque de estacionamento esperar pelo Javi.
No parque de estacionamento:
- Tenemos que ir a disfrutar de la noche en un bar aquí cerca. Quién alinha? – Disse o Javi, querendo espairecer e esquecer o péssimo jogo que acabara de fazer.
- Eu estou nessa. – Alinhou Mariza de imediato.
- Não tou com grande disposição. – Disse.
- Ai Inês não sejas cortes. Anda lá. Aliás só te vai fazer bem.
- Concordo. Ouvis-te o Rúben. Bora Loirinha. – Apoiou Mariza.
- Ahh vem Inês. Vai ser djivertido. – Disse o David quase implorando com aqueles olhinhos verdes aos quais não conseguia tirar os meus e muito menos recusá-los.
- Humm… Ok. Vamos lá então.
- Mariza vienes? -  Chamou Javi já dentro do carro.
- Claro, encontramo-nos lá pessoal. – Disse Mariza enquanto entrava no carro de Javi.
- Ei e eu? Vou com quem?
- Podes vir comigo. – Disseram Rúben e David ao mesmo tempo.
Sorri.
- Ah não, eu não vou escolher e muito menos dar trabalho. Só preciso de me certificar de que não vou a pé.
Riram-se:
- Eu tenho já aqui o meu carro. – Disse o David enquanto o abria.
- Não posso. Não acredito. Esse é o o teu carro? É o carro dos meus sonhos. Adoro o formato, desportivo e casual ao mesmo tempo, é perfeito.
- Cê gosta? Se quiser podji levá-lo até ao bar.
- Ah não, ainda não tenho a carta.
- Pena. Mais podji vir. Lugaris não lhe faltam.
- Não leves a mal David, mas não te conheço assim tão bem.
- Cê prefere ir com o Rúben?
- Não. Não é nada disso..
- Não tem problema. Vai logo, a gentji já se encontra todos não é mesmo?
- Tens razão puto. Vens Inês? – Disse o Rúben com um enorme sorriso de satisfação.
O David entrou no seu audi e eu entrei no carro do Rúben, o caminho não era muito longo, por isso rapidamente chegamos ao bar. Quando lá chegamos a Mariza estava muito entretida numa mesa com Javi que ao avistarem-nos a chegar se levantaram fazendo sinal de que ali ficaríamos.
Sentamo-nos e por um bocado ficamos ah conversa.
- Vou pedir umas bebidas, que querem? – Disse já levantada.
Cada um pediu o que queria, apontei tudo mentalmente e fui até ao balcão.
- Já volto, vou só no banheiro. – Disse o David.
Mariza e Javi pareciam bastante entretidos enquanto Rúben não tirava os seus olhos de mim. Fiz o pedido. Aguardava as bebidas.
- Olá. Será que podia oferecer uma bebida a esta simpática jovem? – Disse um rapaz que estava ao meu lado no balcão.
Os olhos de Rúben arregalaram-se enquanto se tentava aproximar para saber quem era aquele tipo.
- Desculpe, conhece-o?
- Não, mas podemos conhecer-nos.
- Adoraria, mas sabe o meu namorado não iria achar muita piada. – Menti para ver se o rapaz descolava.
- Mas eu não o estou a ver por aqui. Ficava um segredinho só nosso.
- Pois, mas ele está. – Disfarcei.
- Olá meu amor, então as bebidas? – Apareceu o Rúben vindo sei lá da onde.- Quem é este?
- Ah…ah… - Gaguejava eu ainda atordoada com o que o Rúben acabara de me chamar. – Ele já estava de saída, não era mesmo?
- Era sim. Prazer. – Fugiu o rapaz assim que os seus olhos avistaram os de Ruben que flamejavam de fúria. Voltou a olhar para trás para se certificar de que o Rúben não o perseguia para lhe dar uma valente sova. Assim que ele olha, o Rúben vem direito a mim, os seus lábios colam-se aos meus, e assim, ali ficamos por uns segundos.
- Cheguei gentji. Cadê o Rúben e a Inês?
- Não sei o Rúben desapareceu assim do nada. – Disse Mariza procurando-nos.
- Creo que los encontré.
Mariza e David seguem o olhar de Javi que estava para o lado do balcão. Os três não conseguiam acreditar nos que os seus olhos acabavam de ver.
- Não me estou sentido bem, vou lá fora apanhar ar. – Falou o David.
- Todo bien? Quieres que vaya contigo? – Perguntou Javi preocupado.
- Não, não, só preciso mesmo dji apanhar ar.
Aquele beijo eram como mil luzinhas a acenderem no meu coração, mas não o podia deixar prolongar por muito mais tempo:
- Rúben! – Que pensas que estás a fazer?
- Desculpa não sei o que me deu, desculpa.
Corri dali para fora, precisava de arejar. Rúben tentou alcançar-me mas Mariza impedi-o.
- Deixa-a ir. Ela fica bem, só precisa de espairecer um bocado. Dá-lhe tempo.
-  Se tu dizes. Mas se ela começar a demorar muito vou lá buscá-la. O David?
- Fue allá fuera, no se estaba sintiendo bien.
Na rua:
- Porque me estou sentindo assim. Que droga! Ele é meu melhor amigo. Não posso gostar da mesma pessoa qui ele. Mais, eu não consigo tirar ela da cabeça depois qui a vi lá em cada do Rúben. Aqueles olhos azuis ainda rosados ah volta de chorar, meu coração ficou até despedaçado vendo ela daquele jeito. E aqueles cabelos loiros. Meu deus, o Rúben gosta mesmo dela, não lhe posso fazer isto… - Lamentava o David.
- Não acredito que isto aconteceu. Como pode isto acontecer? Outro jogador não, agora tenho é de me concentrar na escola, e ele apareceu de onde? Ai ai, que confusão. – Murmurava eu, andando de um lado para o outro, quando vejo que também ali estava o David. – Estás bem David?
- Que tá fazendo aqui fora? Não devia tar lá dentro com o Rúben? – Assustou-se.
- Calma não te queria assustar. Tu viste? Não, não devia. Nem sei o que acabou de acontecer, porque raio fez ele isto, ele sabe muito bem que acabei ah pouco tempo com o Fernando, e depois faz isto…
- Ei calma, calma. Respira. Cê não me está parecendo bem. – Interrompeu.
- É se calhar nem estou. Já não sei de nada.
-Mas cê ainda gosta do Fernando?
-Humm... - Hesitei. Baixei a cabeça.
- Fala comigo, cê pode confiar em mim.- Disse com um tom de voz super meigo e carinhoso, que fazia o meu coração ficar doido e com batimentos fortes e profundos. - Ei Inês mi dê a mão.
( Não tive coragem, mas a sua mão procurou a minha e lentamente se uniram, o meu coração batia ainda mais forte, cada vez mais rápido) -Mi olha nos olhos (Com a outra mão, o David levantou-me o queixo, e ali ficamos a olhar-nos olhos) Cê ainda gosta do Fernando?
- Não sei David, não sei. Tenho a cabeça numa confusão.
- E do Rúben? Cê pode falar.
- Não, nós somos só amigos, quer dizer acho que não, ele é um óptimo amigo e ajudou-me imenso com a história do Fernando. Não definitivamente somos só amigos!
(Soltou um sorriso, mas depressa desapareceu, ficando sério.) - Cê é uma garota muito especial, tem de ter em mente que não passa despercebida na frente de nenhum garoto.
- Até tu? - Saiu-me disparado da boca naquele momento.
-Quê? Eu? Eu? Eu acho que a gentji devia ir andando p'ra dentro. Já devem tar ficando preocupados.
- Sim também acho que é melhor irmos.
O David já estava bem perto da porta de entrada:
- Ei David! - Chamei-o.
Sem demoras virou-se:
- Obrigada pela conversa.
- Dji nada. Agora vamo. - Piscou-me o olho.
O David seguiu há frente, quando entrou no bar, os três, Mariza, Javi e Rúben de automático se levantaram.
- Então puto, tas bem? A Inês onde está? - Disse o Rúben preocupadíssimo.
- Calma mano, ta tudo bem! Ela tá vindo aí. - Descansou o David.
- Pessoal bora dançar? - Cheguei eu, sem esperar nenhuma resposta peguei na mão da Mariza e arrastei-a até à pista de dança. Estava cheia de pica. A Mariza chamou os rapazes para se juntarem a nós. Na pista começou a tocar ‘Chromeo - Fancy Footwork’ e rapidamente se encheu de pessoas que curtiam o som. De seguida colocaram ‘Get Cool- Shawty got moves’ Mariza e eu tomávamos conta da pista de dança. Eu era como se nem estivesse em mim, mas estava-me a saber super bem estar ali sem pensar em problemas e confusões. Já tinham passado algumas músicas, puseram um tango para os mais atrevidos. Javi estendeu a mão há Mariza, pedindo-a para dançar com ele aquele tango, sem demoras Mariza aceitou. Fui-me sentar, comigo vieram David e Rúben, pois já estávamos cansados de tanto dançar, pedimos umas bebidas e ficamos ali sentados numa mesa a observar Mariza e Javi que brilhavam na pista de dança. Acabaram de dançar e já estava um pouco tarde, no dia seguinte eu e a Mariza teríamos aulas e os três rapazes teriam treinos, por isso decidimos que já estava na hora de irmos embora. Eu, a Mariza e o Javi despedimo-nos de Rúben e David, eles fizeram o mesmo. Cada um segui-o o seu caminho depois de uma grande noite.

3 comentários:

  1. ai adorei estava Lindo.
    adorei ver o Ruben passar por namorado da Ines :P
    beijinhos e proximo rapido :)

    http://umanovadefinicaodeamor.blogspot.com

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  2. Obrigada Rita :D
    Os teus comentários ajudam-nos imenso a continuar, obrigada mesmo*
    Boa sorte para ti também, beijinhos *-*

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  3. fantastico...

    quero mais...

    continua...

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