quinta-feira, 19 de maio de 2011

2º CAPÍTULO - narrado por Inês Oliveira

Quando chegámos a casa:
         - Queres subir até minha casa loirinha?
         - Fazer?! – Perguntei eu.
         - Quero-te mostrar os meus novos passos de dança – dizia Mariza lançando-me uma piscadela.
         - Então vamos lá. Fiquei curiosíssima.
Subimos as escadas. Já em casa da Mariza:
         - Olá meninas, como correu o 1º dia de aulas? Espero que estejam com fome, acabei de fazer um bolo. – Diz a mãe de Mariza vindo da cozinha ainda com farinha no avental.
         - Olá Sr.ª Martinez - respondi eu – Correu bem, muito obrigada. (eu adorava a mãe da Mariza, era como uma 2ª mãe para mim, já que por causa dos estudos eu estava longe da minha, a Sr.ª Martinez trava-me muito bem e eu era sempre bem recebida lá em casa).
         - Sim, foi normal, Vamos? – Dizia a Mariza já a puxar-me pelo um braço.
(No quarto da Mariza)
Sentei-me na sua cama, como já era hábito, enquanto ela colocava o CD e se preparava.
         - E 1, 2, 3… Agora, nesta parte entrava o Ricky, e 4, 5, 6, …

(Eu adorava vê-la dançar, a maneira como ela executava cada movimento, parecia mágico, dei por mim, já estava novamente perdida, no meu lugar mais habitual, o mundo da lua, eu devia ser a rapariga mais sonhadora de todo o universo, pois passava a vida nisso).

         - Inês, INÊS, LOIRINHA! – Gritava a Mariza.
         - Hã? Sim, diz.
         - Então Chica, onde estavas? Que achas-te da coreografia?
         - Ai, desculpa, desculpa a sério, perdi-a a meio, desculpa.
         - Hó não faz mal. Mas passa-se alguma coisa? Nem pareces tu, tirando a parte de tares distraída, mas não dessa maneira.
         - Sim estou bem, na verdade não estou assim tão bem, quer dizer também não estou mal, estou com uma ENORME dúvida.
Mariza puxa uma cadeira e senta-se há frente de Inês.
         - Conta loirinha.
         - É que há uma coisa que não consigo tirar da cabeça desde hoje de manhã. Lembras-te de quando o miúdo loiro, o Rodrigo, nos mandou com o balde de tinta?!
         - É claro que me lembro, como poderia esquecer, o miúdo agora não descola, mas que tem ele?
         - Ahah, pois, não é bem ele, sabes aquele miúdo que depois nos ajudou a levantar? Pronto é isso. Eu não consigo imaginar o porquê dele nos ajudar, porque não fez ele uma “rodinha” como os outros e não se habilitou a troçar como os outros, não dá, não consigo compreender, é que o rapaz nem nos conhecia de lado nenhum!
         - Pois, realmente é verdade, mas sabes que nem toda a gente é igual, ele podia estar só a ser simpático, mas porque não tentas falar com ele amanhã de manhã para tentares perceber porque é que ele fez o que fez? Faz isso, amanhã vai falar com ele.
         - E é mesmo isso que vou fazer, obrigada Espanholita. Vá agora tenho de ir, ainda tenho de preparar as coisas para amanhã e tomar um duche para ver se esta tinta vermelha me sai do cabelo.
         - Ok Chica, beijinhos, e vê-la se amanhã não te atrasas outra vez.
(A Mariza acompanhou-me até há porta, despedindo-se)
         - Dá beijinhos á tua mãe, e diz-lhe que o bolo fica para a próxima. Até amanhã. – Dizia eu.

Subi as escadas até ao andar de cima e estava eu já diante da porta, preparada para a abrir, já ouvia do outro lado o miar do pequeno González, que tinha pressentido o tilintar do meu porta-chaves.
Entrei, pousei a mala e os livros na cozinha, fui direita há casa de banho e pus a água da banheira a correr. Enquanto a banheira enchia, fui novamente há cozinha encher as taças de comida/água do González. Voltei novamente para a casa de banho, instalei-me na banheira e por ali fiquei uns bons minutos. Não consegui tirar da minha cabeça o que tinha acontecido naquela manhã. Porque raio havia o rapaz de nos ajudar sem ter segundas intenções e sem nos conhecer de lado nenhum? A serio, juro que não via uma única razão possível para tal acontecimento, mas teria de esperar até há manhã seguinte, para obter uma resposta.


- Buenos dias mama! Adiós, tenho de ir. – Diz a Mariza enquanto colocava a mala ao ombro e dava um beijo há sua mãe.

- Esperaaaaaaaaa! – Gritava eu enquanto descia os últimos degraus para apanhar a Mariza. – Bom dia Espanholita.
- Bom dia Loirinha, então, sempre conseguiste tirar a tinta toda do cabelo?
- Sim, e estava a ver que não, tive de o lavar para aí umas 3x! Se eu apanho aquele otário nem sei o que lhe faço!
- Deixa, dele já eu tratei, e agora não descola, é pior que o winnie the pooh e o seu frasco de mel! E tu? Sempre vais falar com o tal rapaz hoje?
- Claro, assim que o vir, quero explicações! Vamos?!
- Siga!

(já na escola, toca)
- Mesmo a horas em Loirinha!
- Podes crer, e agora já não vou falar com o miúdo, falo no próximo intervalo. Até já Mariza, boas aulas.
- Obrigada Loirinha e para ti também.

(seguiu cada uma o seu caminho)

Entrei na sala de Biologia e nem queria acreditar quem estava ali sentado mesmo há minha frente! O miúdo que nos tinha ajudado no dia anterior. Era a altura perfeita para falar com ele.
- Olá, desculpa, mas desde ontem que estou para te fazer esta pergunta porque é que . . .
- Bom dia meninos! Podem sentar-se – Dizia o professor enquanto entrava na sala.
(puxei uma cadeira e sentei-me na carteira ao lado da dele)
- O que é estavas a dizer?! – Perguntou-me o rapaz.
- Nada, no final falamos pode ser? – Sussurrei.
- Bem quero apresentar-me. Sou o Prof. Carlos, e hoje vamos formar pares para um trabalho de grupo que será para entregar daqui a uma semana. Vou escrever os vossos nomes nestes papéis e vou colocá-los neste saquinho para formar os pares, vamos lá então: Tiago – Jenny; Mafalda – João; Inês – Mauro, . . .
- Mas quem é esse tal de Mauro? – Resmungava eu, já a pensar que era um calão, que não iria fazer nada, e estava-se mesmo a ver que era eu que ia ter que fazer o trabalho todo . . .
- Sou eu! Prazer. (diz-me o rapaz do lado esticando-me a mão)
(agora teria todo o tempo para perceber qual a razão da sua atitude na manhã anterior) – pensava.
- Prazer, eu sou a Inês, espero que percebas de Biologia, porque eu e ela estamos assim com uns problemitas, nada pessoal, mas sabes como é que é?! (Ri-me)
- Sim, safo-me, só espero que isso não seja uma desculpa para não trabalhares.
- Hó nada disso, não sou dessas, podes confiar.
- Agora vou distribuir estas folhas com o conteúdo que vocês e os vossos parceiros terão de analisar e preencher em casa, boa sorte.

Toca. No corredor:

- Que me querias dizer no inicio da aula? – Ia dizendo o Mauro enquanto caminhávamos pelos corredores.
- Eraa, . . . Não sei se te lembras, mas ontem eu levei com um balde de tinta em cima, e tu ajudaste-me e há minha amiga também, porquê? É que não nos conhecias de lado nenhum. – Interrogava eu.
- Há isso, não foi nada de mais, eu só acho que não mereciam o que aquele otário do Rodrigo vos fez, e eu já passei por isso há um ano atrás, chegou a vez de retribuir.
- Ohhh, foi muito simpático da tua parte obrigada, e já vi que também não gostas nada do Rodrigo, bem então junta-te ao club, porque ele entrou na minha lista negra. (Rimos)
- Não mesmo, mas bem, passando há frente, como é com o trabalho de Biologia?
- Por mim começamos já hoje, só preciso saber horas e lugar.
- Calma, calma, tas com muita vontade de trabalhar tu, ahah.
-Ho nada disso, so que acho que quanto mais cedo começarmos mais depressa o acabamos e ficamos livres.
- Pois é, então por mim hoje também, pode ser no final das aulas, na minha casa?
- Ok, final das aulas perfeito, agora, tua casa? Não sei?! – Disse eu meio desconfiada.
- Qual é o problema? Eu não te rapto, nem te vou tirar os órgãos para fazer experiências, a sério, mas se não quiseres escolhemos outro lugar, por mim é na boa.
- Não não, ta óptimo, tens é de esperar por mim no portão ao final das aulas, porque não se onde moras.
- Claro, está combinado então?
- Combinadissimo. Até logo. – Disse eu já afastando-me, em direcção ao meu cacifo.
- Até logo.
 
Passou-se a manhã, 13:45h:
- Ei Mariza. Peraaaaa… - Gritava eu numa corrida acelerada pelos corredores fora, para a apanhar.
- Calma, respira, diz, mas rápido que tenho de ir para o estádio e só tenho 15min.
- Ok ok, era so para dizer, que hoje não vou contigo para casa, vou fazer um trabalho, depois explico melhor, vá beijinhos, que corra tudo bem, JUIZOOOO!
- Obrigada Loirinha beijinhos.

(Sinto uma no meu ombro, assustada viro-me)
- Bora? – Disse o Mauro.
- Aí pá, assustaste-me. Sim vamos.
- Desculpa não era minha intenção, vamos então.

Como o Mauro não morava muito longe iam a pé, mas ainda eram sensivelmente 10min.foram conversando pelo caminho, no estádio da luz:

-Ufaa, ainda tenho 5min.- Dizia a Mariza enquanto olhava para o relógio do telemóvel e ia andando até á recepção onde a mandariam fazer hoje outro trabalho. – Boa tarde, que me reservaram hoje?
- Boa tarde, hoje vai estar numa sala com mais uns colegas seus num perparamento de línguas e guia de crianças. Está aqui o cartão de visitante, o local onde vai ser a reunião e tudo o que necessita para hoje, que corra tudo bem, boa sorte.
- Obrigada. – Caminhava Mariza em direcção há sala da reunião.

Entretanto Inês e Mauro acabam de chegar a sua casa, Mauro abre a porta:
- Entra Inês!
- Tens a certeza que posso? Não vou incomodar?
- Claro que não, não está ninguém em casa, entra lá.
(Entrei, e parecia a minha casa, branca e vermelha (Benfica) por todo o lado, taças, medalhas, . . .
- Estou a ver que temos aqui um grande Benfiquista.
- Tenho de ser, se não há guerra cá em casa.
- Ah ah, com o teu pai? Mas és do Benfica só porque ele quer?
- Não nada disso, é mais pelo meu irmão, e sou Benfiquista porque é o melhor clube de Sempre, não preciso que ninguém o escolha por mim.
- Assim é que é falar, pensei que fosses filho único.
- Não por acaso tenho mais dois irmãos, uma irmã mais nova e um mais velho. Tens fome?
- Não obrigada, vamos então começar o trabalho?
- Vamos, o meu quarto é lá em cima, segue-me.

Por momentos hesitei subir as escadas, quer dizer, eu não o conhecia lá muito bem, parecia ser porreiro, mas ainda não sabia lá muito sobre ele, depois a casa era gigante e não estava lá ninguém. Seria boa ideia subir até um quarto de um rapaz desconhecido?

- Então de que estás há espera? Vamos?!
- Vamos vamos. - Lá fui eu.

Entramos, pousamos as malas, tira-mos os cadernos e instalamo-nos ali a trabalhar. De repente ouvi-mos o som de uma porta a bater:
- Que foi isto? – Saltei eu assustada.
- Há, não é nada, deve ser só o meu irmão que chegou agora dos treinos.
- Haaaaa, ok, olha posso ir á casa de banho?
- Sim claro, é aí ao fundo do corredor, a última porta á esquerda.
- Obrigada – Saí, e fui directa ao wc.

(No quarto)
O meu telemóvel, deixado em cima da cama do Mauro, vibrava e vibrava, O Mauro já muito curioso, olhou para o ecrã e vê: Fernando Torres ♥  e uma imagem nossa muito apaixonados.
Eu chego:
- De volta, vamos continuar? Ei esse não é o meu telemóvel? – Dizia eu reparando que o Mauro o tinha na mão.
- Desculpa, é que ele não parava de vibrar, e fiquei curioso, bem, mas agora ainda fiquei mais, desculpa eu sei que não o devia ter feito.
- Não faz mal, mas ficaste curioso, porque?
- Tu e o Fernando? Torres? Ninguém diria, ainda estou em choque, nunca pensei, ah e toma, acho que também recebeste um SMS.
Agarrei no telemóvel apressadamente.
Mensagem recebida:
Hola mi amor, todo está bien, lo siento acaba de dar noticias de la actualidad, pero quecon las pruebas de habilidades prácticas, que trata de la instalación, ha sido una locura. que debe estar pensando que me olvidé de ti, pero no, nunca, donde quiera quevaya siempre estás conmigo cada día, cada hora en cualquier lugar, muero de saudades, así que tienes tiempo de ir allí. Te amo demasiado, Torres ♥”

De repente sinto os meus olhos encherem-se de lágrimas, e um aperto no coração chamado: Saudade. Eu pensava que já se tinha esquecido de mim, mas pelos vistos não, nem eu dele, mas esta distância estava a dar cabo de mim.

- Então Inês? Tudo bem? Anda cá. – Dizia o Maura já abraçando-me. – Sabes que podes falar comigo.
- Obrigada. – Disse eu apertando-o com força.
(permaneceu um silêncio no quarto durante um curto tempo onde só se ouvia o soluçar do meu choro)
- Olha a mensagem era do Torres? Desculpa, sei que não tenho nada a ver com isso, mas está a custar-me ver-te assim.
- Sim era, não, eu sei, não faz mal, o que queres saber? – Dizia eu enquanto limpava os meus olhos azuis.
- Falamos melhor na cozinha, enquanto comemos alguma coisa, pode ser?
- Sim claro, por acaso já estava com fome.

Fomos descendo as escadas em direcção há cozinha e eu ia ouvindo uma conversa, e umas gargalhadas. Quando íamos a passar pela sala o Mauro agarrou-me pela mão, passei os olhos vagamente pela sala, reparando que estavam 2 Rapazes a jogar playstation, mas naquele momento só tinha a imagem do Torres na minha cabeça juntamente com as suas lindas palavras da sms.
- Desculpa estar a perguntar, mas, eu vi bem, ou ando a ter alucinações?! Era o Rúben Amorim e o David Luiz que estavam na sala? Na TUA sala?

6 comentários:

  1. Que lindo!Estou ansiosa pelo próximo.Quando postam de novo?

    Bjs

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  2. Obrigada. Postaremos dentro dos possiveis (Brevemente)
    Bjs*

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  3. Ai! Esta fic está a tornar-se viciante!
    Olá! Lol
    Continua que isto está muito fixe e eu estou curiosa!
    Bjs

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  4. Olá Mary :)
    Muito Obrigada!
    Ainda bem que estás a gostar, e esperemos que continues porque faremos de tudo para que seja cada vez melhor ;) Bjs*

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  5. AII adorei a vossa fanfiC!!

    Diferente! Oiginal! E Gostosa!!! »HaHa« :DDDD


    El NINO^^ cuza buma ele! AdorO*


    Continua!! Qero MAAAAAAAAAAAAISSSS!!!


    <5 BEijoO*.*

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  6. AHAH muito obrigada =D
    Iremos postar mais em breve; o Cap. 4 já está a ser pensado xD
    No caso de quereres ler mais podes visitar
    http://marizawhatimwritting.blogspot.com
    Nele posto mais duas fanfics =P
    Jinhss +.+

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